sábado, 21 de dezembro de 2024

Acidente de trânsito deixa jovem morto em Acopiara


Um grave acidente de trânsito (colisão) envolvendo um carro e uma moto, vitimou fatalmente um jovem identificado como Cauã, na manhã deste sábado (21), em Acopiara. O sinistro aconteceu no distrito de São Paulinho, zona rural do município. 

A polícia investiga as circunstâncias do acidente. A Pefoce foi acionada. Aguarde mais informações!

Acidente com ônibus, carreta e carro deixa 26 mortos em Minas Gerais

Um acidente envolvendo um ônibus, uma carreta e um carro causou ao menos 26 mortes em Teófilo Otoni (MG) na madrugada deste sábado (21).

O que aconteceu

Bombeiros foram acionados para combater incêndio em ônibus. As vítimas eram passageiros do ônibus e morreram carbonizadas após ficaram presas nas ferragens. Segundo a corporação, o acidente aconteceu na BR-116, no km 286, na localidade de Lajinha por volta das 4h da madrugada.

Número de mortos deve crescer. Segundo os bombeiros, ainda há corpos no local que se encontram em uma parte do ônibus que eles ainda não conseguiram acessar. Isso será feito após a chegada de um guincho.

Treze passageiros feridos foram encaminhados para atendimento médico. O ônibus pertencia à empresa Emtram e saiu de São Paulo com 45 passageiros com destino a Bahia. Os passageiros do carro não estão entre os mortos, segundo os bombeiros.

Acidente pode ter sido causado por bloco de granito. A PRF (Polícia Rodoviária Federal) informou que o acidente foi causado por um bloco de granito que caiu de cima da carreta e acertou o ônibus. O incêndio teria sido causado pelo atrito do granito com o asfalto. A região é foco de extração do material. Inicialmente, o Corpo de Bombeiros havia informado que o pneu do ônibus estourou e o motorista perdeu o controle do veículo batendo em uma carreta.

Uol

PCCE e PMCE capturam três suspeitos de tráfico de drogas e homicídio em Iguatu


No intenso combate aos criminosos, a Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) e a Polícia Militar do Ceará (PMCE) deflagraram, nessa quinta-feira (19), uma operação na Região Centro-Sul do Estado. Ao todo, foram cumpridos nove mandados judiciais, sendo seis mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão preventiva contra alvos com idades entre 23 e 39 anos. As capturas e apreensões aconteceram no município de Iguatu – Área Integrada de Segurança 21 (AIS 21) do Estado.

Um casal, com 23 e 26 anos, é investigado por crime de tráfico de drogas e associação para o tráfico. Eles já possuem passagens por crimes de homicídio e tráfico de drogas. No imóvel da suspeita, de 23 anos, foram apreendidos R$ 47.748 mil, um automóvel avaliado em cem mil reais, dois aparelhos celulares, uma balança de precisão, 41 gramas de cocaína, um dichavador e um aparelho DVR. Além do cumprimento do mandado de prisão preventiva, ela ainda foi autuada em flagrante pelo crime de tráfico de drogas.

O terceiro alvo, de 39 anos, é investigado pelo crime de homicídio. Além do mandado de prisão preventiva, também foram cumpridos três mandados de busca e apreensão. A operação, coordenada pela Delegacia Regional de Iguatu, contou com o efetivo de policiais civis e militares do 10° Batalhão de Polícia Militar (10° BPM), da Força Tática de Apoio (FTA), do Comando de Policiamento de Rondas de Ações Intensivas e Ostensivas (CPRaio) e do Comando Tático Rural (Cotar).

Exame de sangue poderá diagnosticar a doença de Alzheimer

Décadas antes que os sintomas cognitivos da doença de Alzheimer se manifestem, proteínas disfuncionais começam a destruir o cérebro, deixando rastros que poderiam ser utilizados para diagnosticar o mal neurodegenerativo precocemente. Segundo pesquisadores da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, um simples exame de sangue poderá cumprir esse papel, tornando-se um instrumento de triagem neurológica.

Em um artigo publicado na revista Alzheimer & Dementia, os cientistas descrevem um biomarcador que, segundo eles, poderá detectar alterações cerebrais na fase inicial da doença, a um baixo custo. Hoje, o Alzheimer é identificado já em estágios avançados, por meio de avaliação clínica e exames de imagem sofisticados. 

O grupo de pesquisadores se concentrou em uma proteína crítica na formação dos vasos sanguíneos, mas que também parece desempenhar um papel no declínio cognitivo. “Avaliando dados de um grande grupo de pacientes com uma variedade de perfis de risco vascular e cognição que vão de demência bem estabelecida à leve, descobrimos que os níveis dessa proteína no sangue podem ser usados como biomarcador para rastrear e monitorar o comprometimento cognitivo”, conta Jason Hinman, neurologista vascular e autor sênior do estudo. A proteína é chamada fator de crescimento placentário (PIGF).  

Governo do Ceará isenta mais de 139 mil agricultores do reembolso das sementes e mudas referentes à safra 2023/2024

O governador do Ceará, Elmano de Freitas, assinou, decreto que isenta agricultores familiares de 133 municípios do pagamento do reembolso das sementes e mudas referentes à safra 2023/2024. A medida busca minimizar os efeitos da perda de safra acima de 50% e/ou situação de emergência/calamidade. O documento será publicado no Diário Oficial ainda hoje.

A isenção contempla 139.064 agricultores familiares beneficiados na 37ª edição do Projeto Hora de Plantar, com mais de R$ 26 milhões em investimento. Com a medida, o Governo do Ceará deixa de cobrar cerca de R$ 11,1 milhões aos agricultores familiares do Ceará.

“Nós vamos começar a distribuição, agora no dia 27, em Mauriti, e daí em diante em todo estado, para garantir que essas sementes estejam nas mãos dos agricultores e agricultoras antes das chuvas se intensificarem e para que eles possam, efetivamente, plantar no tempo certo. Então, eu quero agradecer à equipe da SDA [Secretaria do  Desenvolvimento Agrário], com todas as suas vinculadas, porque esta é uma ação muito importante, pois o agricultor não precisará pagar pelas sementes em 133 municípios. São mais de R$ 11 milhões que o Estado do Ceará está deixando com o agricultor e com a agricultora, para que possam usar essas sementes de forma gratuita. Então, parabéns secretário Moisés e obrigado pelo trabalho de toda equipe”, afirmou o governador.

O titular da SDA, Moisés Braz, destacou a importância do momento, agradecendo toda a equipe da Ematerce, mas, especialmente, ao governador do Estado. “O senhor tem potencializado o desenvolvimento do campo, da agricultura, e, agora, com esse decreto, por meio do Programa Hora de Plantar, vai começar a entrega de sementes, beneficiando 139 mil agricultores, em 133 municípios, e dispensando investimento de R$ 11,1 milhões para os agricultores, que de fato não precisarão pagar pelas sementes”. O secretário ainda chamou atenção para o fato de que o decreto também vai beneficiar os agricultores dos municípios, cobertos pelo Seguro Safra, que tiverem perda superior a 50%, seja por falta ou excesso de chuva. “Esses agricultores também serão beneficiados pelo decreto, que vem para desenvolver o campo e gerar mais oportunidades”, afirmou.

Municípios contemplados:  Abaiara, Acarape, Acaraú, Acopiara, Aiuaba, Altaneira, Amontada, Antonina do Norte, Aracati, Aracoiaba, Ararendá, Araripe, Aratuba, Arneiroz, Assaré, Baixio, Barreira, Barroquinha, Baturité, Beberibe, Boa Viagem, Brejo Santo, Campos Sales, Canindé, Capistrano, Caridade, Cariré, Cariús, Carnaubal, Catarina, Catunda, Caucaia, Cedro, Choró, Chorozinho, Coreaú, Crateús, Croatá, Cruz, Deputado Irapuan Pinheiro, Farias Brito, Forquilha, Fortim, Guaraciaba do Norte, Graça, Groaíras, Guaramiranga, Hidrolândia, Horizonte, Ibaretama, Icapuí, Icó, Iguatu, Independência, Ipaumirim, Ipueiras, Irauçuba, Itaiçaba ,Itaitinga, Itapajé, Itapipoca, Itapiúna, Itarema, Itatira, Jaguaretama, Jaguaribara, Jaguaruana, Jardim, Jijoca de Jericoacoara, Jucás, Lavras da Mangabeira, Madalena, Marco, Massapê, Meruoca, Milagres, Milhã, Miraíma, Missão Velha, Mombaça, Monsenhor Tabosa, Morada Nova, Moraújo, Morrinhos, Mucambo, Nova Russas, Ocara, Orós, Pacajus, Pacujá, Palhano, Paraipaba, Parambu, Paramoti, Pedra Branca, Pereiro, Pindoretama, Piquet Carneiro, Poranga, Porteiras, Potengi, Potiretama, Quiterianópolis, Quixadá, Quixelô, Quixeramobim, Quixeré, Redenção, Reriutaba, Russas, Saboeiro, Salitre, Santa Quitéria, Santana do Acaraú, São Benedito, São Gonçalo do Amarante, São João do Jaguaribe, Senador Pompeu, Senador Sá, Sobral, Solonópole, Tabuleiro do Norte, Tamboril, Tarrafas, Tauá, Tejuçuoca, Trairi, Tururu, Umari, Umirim, Uruburetama e Varjota.

Hora de Plantar
O Programa Hora de Plantar proporciona incrementos significativos da produtividade agrícola e, consequentemente, aumento na renda e na segurança alimentar de inúmeros cearenses.

Em 2021, por meio da Lei Ordinária nº 17.534, o projeto tornou-se uma Política Pública de Estado destinada ao fomento à produção rural de forma perene, proporcionando resultados socioambientais e econômicos relevantes para o agricultor familiar.

A operacionalização e assistência técnica do Hora de Plantar ficam a cargo da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce), em parceria com as secretarias e sindicatos municipais.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

Casos de coronavírus voltam a crescer no Brasil; Ceará mantém tendência de alta, diz boletim


O novo Boletim InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira, 19, pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), aponta um aumento no número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associados à Covid-19 em determinados estados do País.

O levantamento abrange a Semana Epidemiológica 50, de 8 a 14 de dezembro, e evidencia um cenário de crescimento especialmente no Ceará, Minas Gerais, Sergipe e Rondônia, além do Distrito Federal.

Enquanto o Ceará mantém uma tendência de alta, Minas Gerais apresenta os primeiros sinais de crescimento, com impacto mais acentuado na população idosa. Já em Sergipe e Rondônia, a elevação no número de casos também é atribuída ao aumento de infecções por Covid-19.

Iguatu, Quixelô e mais 13 municípios cearenses receberão novas ambulâncias do Samu


A frota de ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) será ampliada em 15 municípios cearenses. O anúncio foi feito pelo governador do Estado do Ceará, Elmano de Freitas (PT) em live realizada nas redes sociais na última quarta-feira, 19.

De acordo com o chefe do Executivo estadual, os municípios que serão contemplados com os novos veículos são:

Aratuba Aurora Banabuiu Granja Ibicuitinga Icó Iguatu Jaguaretama Marco Massapê Mauriti Missão Velha Pereiro Quixelô Uruburetama

Idosas são maioria entre as mulheres que moram sozinhas no Ceará


O número de pessoas que moram sozinhas, nos domicílios cearenses, quase dobrou na última década. Mas esse movimento não tem ocorrido de forma homogênea entre homens e mulheres, principalmente em relação ao perfil etário nos dois grupos. Se entre os homens que vivem nesse arranjo é a faixa etária de 30 a 59 anos que predomina, as mulheres de 60 anos ou mais são maioria entre a fatia delas que são as únicas habitantes de suas residências.

Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) 2023, divulgados nesta sexta-feira (20), havia 538 mil unidades domésticas unipessoais no ano passado, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) denomina os domicílios com apenas um morador. Dez anos antes, em 2013, eram 279 mil, representando um aumento de 93% ao longo da última década.

Motociclistas sem multa têm desconto de 50% no IPVA 2025 no Ceará


Os proprietários de motocicletas com até 125 cilindradas que não foram multados ao longo de 2024 vão ter um desconto de 50% na alíquota do Imposto sobre Propriedade de Veículos (IPVA) de 2025 no Ceará.

A alíquota do imposto sobre ciclomotores, motonetas, motocicletas e triciclos elétricos com potência de 3kw é de 2%, mas, conforme a Secretaria Estadual da Fazenda do Ceará, quem não tiver multas vai apagar um IPVA de apenas 1%.

Com frota de 2,47 milhões de veículos em todo o Ceará, a pasta estima arrecadar R$ 2,14 bilhões com os tributos. Mais da metade dos veículos tributados será de motocicletas em 2025, representando 51,9%.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

Na última sessão de 2024, deputados estaduais aprovam empréstimo de R$ 1,5 bilhão

Os deputados estaduais autorizaram, nesta quinta-feira (19), que o Governo do Ceará contrate empréstimo no valor de R$ 1,5 bilhão — foram 25 votos favoráveis e 10 contrários. O projeto de lei, de autoria do Executivo estadual, chegou à Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) nessa quarta-feira (18). A autorização foi concedida na última sessão legislativa de 2024.

Os recursos serão destinados, segundo o texto, ao projeto "Ceará Investe Mais". "Para a manutenção da capacidade de investimentos do Estado", completa. O projeto não detalha quais medidas devem ser financiadas pelo montante. 

Deputados da oposição criticaram a contratação de novo empréstimo pelo Governo do Ceará. Emília Pessoa (PSDB) disse ser "preocupante" o número de operações de crédito contratados na gestão do governador Elmano de Freitas. "Foram quase R$ 4 bilhões nestes dois anos de governo", disse. 

Sargento Reginauro (União) afirmou que o "estado está perdendo a capacidade de investir. "A capacidade de investimento está caindo de ano a ano. Estamos cada vez mais endividado", disse.

Líder do PT na Alece, De Assis Diniz rebateu as críticas dos opositores. "O papel do estado não é fazer poupança, é investir. E isso está fazendo muito bem o governador Elmano", disse.

"Ele precisa ter estrutura e capacidade de buscar se reinventar. Se reinventa como? Primeiro, fazendo gestão. Segundo alimentando na macroeconomia, elementos e estrutura para que o estado possa investir. Não é a indústria e a iniciativa privada que vai gastar milhões para desenvolver logística, para fazer infraestrutura, hospitais, escolas", pontua. 

Câmara aprova quebra de interstício e inicia discussão em 2º turno da PEC do pacote fiscal

A Câmara dos Deputados aprovou há pouco um requerimento de quebra de interstício e iniciou a discussão em 2º turno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do pacote fiscal. São necessários, no mínimo, 308 votos para que a PEC seja aprovada. 

A PEC traz alterações no abono salarial e no Fundeb. O texto também disciplina os chamados “supersalários”, prorroga a Desvinculação de Receitas da União (DRU) e autoriza ajuste orçamentário em subsídios e subvenções.

Senado aprova restrição ao uso do celular no ambiente escolar; texto segue para sanção presidencial

Um passo importante para garantir mais socialização, mais aprendizado e mais saúde mental a crianças, jovens e adolescentes. É, assim, como pode ser definida a aprovação pelo Senado, nessa quarta-feira, do projeto de lei que regulamenta o uso de aparelhos eletrônicos portáteis, como celulares, por estudantes em escolas de educação básica.

A proposta, de autoria da Câmara dos Deputados, teve como relator o senador Alessandro Vieira (MDB-SE) e segue agora para sanção presidencial. O projeto, que tem como objetivo proteger a saúde mental, física e psíquica de crianças e adolescentes, proíbe o uso de celulares durante as aulas, o recreio e os intervalos, com exceções para fins pedagógicos ou em casos de emergência.

De acordo com o projeto, como destaca, no Jornal Alerta Geral, o repórter Carlos Alberto, a utilização desses dispositivos também será permitida para garantir a acessibilidade, inclusão e atender às condições de saúde dos estudantes.

A Câmara e o Senado aceleraram a votação do projeto de lei após o Ministro da Educação, Camilo Santana, defender as restrições ao uso do celular no ambiente escolar. Ao apresentar o parecer favorável ao projeto de lei, o senador Alessandro Vieira destacou que, com pleno conhecimento dos impactos que o uso do celular tem na vida das pessoas, mais ainda em adolescentes, a competição por atenção hoje é desumana.

Alessandro afirmou, ainda, que em todos os lugares do mundo, onde se apresentou a medida de restrição de uso de aparelhos celulares, houve a melhoria do desempenho escolar, da disciplina na escola e redução do bullying.

Durante a discussão do projeto de lei, o senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) ressaltou que a tecnologia celular, ou qualquer outro tipo de tecnologia, primordialmente é criada para auxiliar e melhorar a qualidade de vida. Contudo, lembrou, muitas vezes a tecnologia concorre com o desenvolvimento humano.

‘’O uso do celular é bastante prejudicial para a formação dos jovens, quando eles não se interagem, porque faz parte do desenvolvimento de competências. Outra coisa é a tendência natural do ser humano de sempre buscar a menor energia. Portanto, é muito mais fácil, em vez de eu pensar algum resultado, eu olhar no celular, digitar aqui e procurar a resposta’’, ponderou.

Para o senador, dentro da escola, existe sim a possibilidade de utilização didática de alguns aplicativos, coordenados pedagogicamente, para que sejam utilizados no momento correto, da forma correta. Isso, segundo ele, pode ajudar bastante os jovens. Se sancionada pelo presidente da República, a nova lei entra em vigência em 2025.

Câmara revoga novo seguro DPVAT e limita bloqueio de emendas

Um acordo entre o governo e os deputados resultou na revogação da lei que criou o novo Seguro Obrigatório para a Proteção de Vítimas de Acidente de Trânsito (SPVAT), antigo DPVAT. O governo também aceitou o bloqueio apenas de emendas parlamentares não impositivas, em vez de todas as emendas.

Os dois pontos foram aprovados em destaques ao primeiro projeto de lei complementar do pacote de corte de gastos. Na noite de terça-feira (17), os deputados tinham aprovado o texto-base por larga margem, 318 votos a favor (eram necessários 257) e 149 contrários. No entanto, a votação dos destaques tinha ficado para esta quarta-feira (18).

O governo fechou o acordo para aprovar os destaques e garantir a continuidade do pacote de revisão de gastos públicos. O projeto segue para o Senado.

Extinta em 2020, a cobrança do DPVAT tinha sido recriada sob o nome de SPVAT, que entraria em vigor em janeiro. A recriação do seguro enfrentava a resistência de governadores.

Emendas
Em relação às emendas parlamentares, o governo concordou em retirar do projeto de lei complementar a autorização para o contingenciamento e o bloqueio de todas as emendas parlamentares. Pelo texto que irá ao Senado, o governo poderá congelar apenas emendas de comissão e emendas de bancadas estaduais não impositivas, até 15% do total. As emendas obrigatórias não poderão ser bloqueadas.

A medida desidrata parcialmente o corte de gastos. Caso as emendas impositivas pudessem ser congeladas, o governo poderia bloquear ou contingenciar R$ 7,6 bilhões em emendas no próximo ano. Agora, o Executivo só poderá cortar R$ 1,7 bilhão, R$ 5,9 bilhões a menos. O levantamento desconsidera as emendas de bancada estaduais não impositivas, cujo valor para 2025 depende da aprovação do Orçamento do próximo ano.

Gatilhos
O principal ponto mantido no projeto de lei complementar foi a criação de gatilhos que proíbem a criação, ampliação ou prorrogação de incentivos tributários caso haja déficit primário (resultado negativo das contas do governo sem os juros da dívida pública) no ano anterior. O projeto também limita a 0,6% acima da inflação o crescimento anual da despesa de pessoal e encargos de cada um dos Poderes na mesma situação, déficit primário no ano anterior.

Além dos Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), o projeto aprovado pelos deputados limita a 0,6% acima da inflação o crescimento das despesas de pessoal do Ministério Público e da Defensoria Pública no caso de resultado negativo das contas públicas.

As restrições vigoram até que o governo volte a registrar superávit primário anual. A partir do projeto da lei orçamentária de 2027, as duas limitações valerão se os gastos discricionários (não obrigatórios) totais tiverem redução nominal em relação ao ano anterior.

Fundos
De 2025 a 2030, o governo poderá usar o superávit de cinco fundos nacionais para abater a dívida pública. Os saldos positivos somavam, em 2023, R$ 18 bilhões.

Os fundos são os seguintes:

•     Fundo de Defesa dos Direitos Difusos (FDD), formado por multas pagas ao governo: superávit de R$ 2 bilhões

•     Fundo Nacional de Segurança e Educação de Trânsito (Funset): superávit de R$ 1,6 bilhão

•     Fundo do Exército: superávit de R$ 2,5 bilhões

•     Fundo Aeronáutico: superávit de R$ 8,7 bilhões

•     Fundo Naval: superávit de R$ 3 bilhões

O relator do projeto, deputado Átila Lira (PP-PI), retirou da proposta original do governo os seguintes fundos: Fundo Nacional Antidrogas (Funad), Fundo da Marinha Mercante (FMM) e Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac). Segundo o parlamentar, esses recursos são usados para investimentos importantes.

(*)Com informação da Agência Brasil

IPVA 2025 não terá aumento de alíquota no Ceará; veja detalhes

O Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) não terá reajuste em 2025 no Ceará. As alíquotas permanecem em 1% a 3,5% sobre o valor venal, dependendo do tipo de automóvel. A informação foi confirmada pela Secretaria da Fazenda (Sefaz), nesta quinta-feira (19), em Fortaleza. 

Descontos
Quem pagar o valor em cota única (ou seja, uma parcela) também terá desconto de 5% sobre o valor total do tributo. Conforme a pasta, o abatimento poderá ser ainda maior quando acumulado com o desconto do programa Sua Nota Tem Valor (veja como participar abaixo). 

Como funciona o Sua Nota Tem Valor  

O programa premia cidadãos, por meio de sorteios realizados mensalmente, além de oferecer a oportunidade de obter até 5% de desconto no IPVA.

Quem pode participar: cidadão que tenha CPF e as instituições sem fins lucrativos, estabelecidas no Ceará, que desenvolvam atividades nas áreas de assistência social, educação, saúde, entre outras. Ou seja, todos os que possuem CPF podem participar, inclusive os turistas;

Como participar: realize o cadastro através do site do programa ou pelo aplicativo “Ceará App” nas plataformas digitais disponíveis para as versões Android e IOS.

Preenchimento dos dados: o cidadão deve preencher o formulário com seus dados pessoais, assinar o termo eletrônico e escolher uma das instituições cadastradas no programa para concorrer aos prêmios. Ao concluir o cadastro, receberá um e-mail para confirmação.

Quem tem direito à isenção
  • Pessoas com deficiência;
  • Proprietários de máquinas agrícolas, táxi, ônibus de transporte urbano, metropolitano e intermunicipal, micro-ônibus, vans e  topics;
  • Proprietários de veículos com mais de 15 anos de fabricação.
Do total arrecadado com o IPVA, 50% pertencem ao Tesouro Estadual e os outros 50% são destinados aos municípios onde os veículos estão licenciados.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

Prefeito eleito de Acopiara, Dr. Vilmar (PSD), além da vice-prefeita Marli do Nascimento e dos 13 vereadores eleitos, são diplomados em cerimônia no IFCE

O prefeito eleito de Acopiara, Dr. Vilmar (PSD) e a vice-prefeita eleita, Marli do Nascimento, além dos 13 vereadores e os devidos suplentes foram diplomados na manhã de hoje (18), em solenidade realizada no auditório do IFCE.

O juiz titular da 60ª Zona Eleitoral,  Paulo Lacerda de Oliveira Junior, presidiu a cerimônia de diplomação, ato oficial que torna apto o(a) candidato(a) eleito(a) a tomar posse do cargo para o período de 2025/2028, a partir do próximo dia 1° de janeiro.

A solenidade foi prestigiada por autoridades, familiares e convidados dos candidatos eleitos, além de representantes do Cartório Eleitoral. 
“A cerimônia da diplomação traduz a festa da democracia. A diplomação é o ato solene que vai conferir e atestar a validade de cada um dos mandatos eletivos que foram outorgados pela população aos senhores que serão diplomados”, ressaltou o juiz eleitoral Paulo Lacerda.

O prefeito eleito Dr. Vilmar, revelou que segurar o diploma era sentir o peso da responsabilidade e a força da confiança que cada eleitor depositou votando nele. “Hoje, fui diplomado prefeito de Acopiara, mas este diploma representa o sonho e a esperança de todos nós, que acreditamos no futuro do nosso município. Com o coração transbordando de gratidão e fé, reafirmo meu compromisso de trabalhar incansavelmente por cada cidadão. Vamos juntos!”, declarou Dr. Vilmar.

Mudanças nos cortes de gastos que afetam BPC/Loas, são cobradas por movimentos sociais

Ministro da Secretaria Geral da Presidência, Márcio Macedo, em encontro com jornalistas, nesta terça-feira (17) - Graccho/ASCOM/SGPR
Representantes de movimentos sociais e de organizações da sociedade civil mostraram preocupação e cobram que o governo reavalie as propostas de mudança nas regras do Benefício de Prestação Continuada, que fazem parte do pacote de corte de gastos encaminhado ao Congresso Nacional.

De acordo com o ministro da Secretaria-geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, que faz a articulação com os movimentos organizados, as demandas foram apresentadas à equipe econômica, mas não há garantia de que serão atendidas.

Mudanças nas regras de acesso

O pacote endurece as regras de acesso ao programa ao mudar critérios para calcular a renda das famílias. Atualmente, o Benefício de Prestação Continuada atende mais de 6,02 milhões de cidadãos de baixa renda (com renda familiar per capita igual ou inferior a um quarto do salário mínimo), entre idosos com mais de 65 anos e pessoas com deficiência. Os beneficiários recebem o pagamento de um salário mínimo.

Mudança sobre a renda

De acordo com Macêdo, as cobranças dos movimentos são que o BPC/Loas não deixe de ser um benefício individual; que não haja mudança sobre a renda e o conceito do grupo familiar, com um só teto de renda; que não haja mudança no conceito de pessoas com deficiência (para eles, o BPC não pode estar restrito só ao conceito de incapaz para o trabalho); e que haja exceções sobre a obrigatoriedade da biometria, para alguns tipos de deficiência.

As mudanças nas regras do BPC/Loas apresentadas, inicialmente, pelo governo são:
  • Prova de vida anual, como para os aposentados, além de biometria e reconhecimento facial para a concessão do benefício;
  • Focalizar em pessoas incapacitadas;
  • Vedação de dedução de renda (para o enquadramento para receber o benefício) não prevista em lei;
  • Renda de cônjuge e companheiro não coabitante e renda de irmãos, filhos e enteados (não apenas solteiros) coabitantes passam a contar para acesso;
  • Atualização obrigatória para cadastros desatualizados há mais de 24 meses e para benefícios concedidos administrativamente sem Código Internacional de Doenças (CID);
  • Biometria obrigatória para atualizações cadastrais;
  • Em uma mesma família, a renda de um benefício volta a contar para acesso a outro benefício.
Com informações Jornal Extra.

STF retoma julgamento sobre responsabilização de redes sociais

O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta quarta-feira (18) o julgamento sobre a responsabilização civil das redes sociais pelos conteúdos ilegais postados pelos usuários. Até o momento, o placar do caso é de 2 votos a 0 pela responsabilização das plataformas.

O julgamento começou no dia 27 de novembro e se estende por seis sessões consecutivas. Na sessão de hoje, o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, vai ler seu voto sobre a questão.

O Supremo julga a constitucionalidade do Artigo 19 do Marco Civil da Internet (Lei 12.965/2014), norma que estabeleceu os direitos e deveres para o uso da internet no Brasil.

De acordo com o Artigo 19, “com o intuito de assegurar a liberdade de expressão e impedir a censura”, as plataformas só podem ser responsabilizadas pelas postagens de seus usuários se, após ordem judicial, não tomarem providências para retirar o conteúdo.

Os ministros Dias Toffoli e Luiz Fux já votaram a favor da responsabilização. De acordo com os ministros, as plataformas devem retirar, após notificação extrajudicial, conteúdos considerados ilegais, como mensagens com ataques à democracia, incitação à violência, racismo, entre outras.

Se o entendimento prevalecer, as redes sociais deverão retirar os conteúdos após serem notificadas diretamente pelos citados nas postagens, ou seja, sem aguardar uma decisão da Justiça.

Faltam os votos de nove ministros. A expectativa é de que o julgamento não seja concluído neste ano. Devido ao período de recesso, que começa em 20 de dezembro, o julgamento deve ser retomado em 2025.

Nas primeiras sessões do julgamento, representantes das redes sociais defenderam a manutenção da responsabilidade somente após o descumprimento de decisão judicial, como ocorre atualmente. As redes socais sustentaram que já realizam a retirada de conteúdos ilegais de forma extrajudicial e que o eventual monitoramento prévio configuraria censura.

Entenda
O plenário do STF julga dois processos que discutem a constitucionalidade do Artigo 19 do Marco Civil da Internet.

Na ação relatada pelo ministro Dias Toffoli, o tribunal julga a validade da regra que exige ordem judicial prévia para responsabilização dos provedores por atos ilícitos. O caso trata de um recurso do Facebook para derrubar decisão judicial que condenou a plataforma por danos morais pela criação de perfil falso de um usuário.

No processo relatado pelo ministro Luiz Fux, o STF discute se uma empresa que hospeda um site na internet deve fiscalizar conteúdos ofensivos e retirá-los do ar sem intervenção judicial. O recurso foi protocolado pelo Google. 

Pedido de cassação de diplomas ou mandatos tem longa tramitação e julgamento final pode demorar muito tempo

Moradores de diferentes municípios do Ceará ficam na expectativa sobre os desdobramentos das ações movidas pelo Ministério Público Eleitoral com pedido de cassação de diplomas ou mandatos de prefeitos e prefeitas eleitas em 2024.

Os processos começam a tramitar na primeira instância (comarcas) e podem ser encaminhados ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ao longo da tramitação, são ouvidas testemunhas, apresentados recursos de defesa e acusação e, com as exigências de prazos, o julgamento pode demorar um ano, dois anos ou mais.

PEDIDOS DE CASSAÇÃO

A poucos dias para a posse, marcada para o dia primeiro de janeiro de 2025, o Ministério Público Eleitoral ajuizou, até essa terça-feira (17), ações contra o abuso do poder econômico e compra de votos, com pedido de cassação de diplomas e mandatos, em novas cidades do Ceará.

As ações foram levados à Justiça Eleitoral nos Municípios de Barroquinha, Choró, Tauá, Baixio, Ipu, Limoeiro do Norte, Quixeré, Aracati e Canindé. Uma das últimas ações foi movida contra a prefeita eleita de Aracati, Roberta Cardoso.

Bloqueio de emendas parlamentares causa interrupção de obras e preocupações em prefeitos do Ceará

Liberado pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), no começo do mês, o pagamento de emendas parlamentares é um ato aguardado com ansiedade por prefeitos cearenses. Com o bloqueio determinado em agosto, obras executadas pelos municípios e ações na saúde foram prejudicadas. Mas uma parte – R$ 7 bilhões em todo o País – do montante devido foi liberada entre a última semana e essa segunda-feira (16). 

Para 2024, foram empenhados mais de R$ 400 milhões em “emendas pix”, por exemplo, por deputados e senadores cearenses a mais de 35 municípios (citados diretamente), segundo o Portal da Transparência. Desse total, R$ 381 milhões já foram pagos – uma parte, inclusive, neste mês. Apesar disso, há gestores que temem finalizar o mandato sem os recursos prometidos. 

Já as emendas individuais com finalidades definidas foram alvo de reserva de R$ 560 milhões da bancada cearense no Congresso às prefeituras. Desse total, foram pagos R$ 506 milhões. Estas já abrangem um número maior de cidades, superando a marca dos 50. 

Na última terça-feira (10), o Governo Federal publicou portaria para operacionalizar a liberação de emendas parlamentares, incluindo as conflituosas "emendas pix", que são transferências especiais diretas do caixa da União para estados e municípios. O documento condiciona a execução dos recursos parlamentares de bancada e individuais, que são impositivos, a indicações de beneficiários e de ordem de prioridades feitas pelos respectivos autores. 

Os beneficiários das “emendas pix”, sejam estados ou municípios, têm até 31 de dezembro para apresentar plano de trabalho sobre os projetos abrangidos pelos recursos e relacionados a liberações a partir de 3 de dezembro de 2024. Em caso de descumprimento, haverá a suspensão de novas transferências.

Prejuízos

Prefeitos já buscam se adequar às novas regras de eficiência, transparência e rastreabilidade para garantir as complementações orçamentárias, enquanto contabilizam prejuízos. No caso de Beberibe, por exemplo, uma obra de abastecimento de água na região passou a ser uma das principais dores de cabeça para a prefeita Michele Queiroz (PP) nos últimos meses.

Iniciada antes de agosto para atender às normas do período eleitoral, a intervenção precisava do pagamento da emenda para a sua continuidade, mas foi paralisada com o bloqueio imposto pelo STF naquele mês. A liminar de Dino congelou boa parte dos R$ 33 bilhões destinados a emendas impositivas em 2024 e demandou que o Governo criasse normas mais rigorosas de acompanhamento desses recursos. 

“Ainda estamos aguardando (o pagamento), a obra foi iniciada, foi parada e a gente está lá tentando explicar à comunidade esse trâmite, mas infelizmente a maioria não entende. Nós estamos aí na luta porque a nossa intenção já era até entregar esse sistema de abastecimento, que é super importante e a comunidade precisa muito, até o final de dezembro”, lamentou a prefeita de Beberibe.

Ela ainda não tem previsão de quando o dinheiro cairá na conta da Prefeitura. Pelo menos R$ 500 mil estão pendentes para o município em forma de “emendas pix”. 

Já o prefeito de Piquet Carneiro, Bismarck Bezerra (PT), sentiu mais dificuldade “naturalmente” na área da saúde. Ele também não sabe quando os recursos chegarão ao município. 

“A gente tem que fazer ginástica a cada momento para fechar as contas do final de ano, que é geralmente quando isso acontece, porque os municípios já vivem a pão e água, e ainda tem o sacrifício de ter que, ao final do seu mandato, no meu caso, viver situações tão constrangedoras, muitas vezes, ao ponto de ter que dar satisfações a fornecedores, a programas sociais… Quem perde com tudo isso é a população”, avalia.

Continuam pendentes, em transferências especiais, R$ 600 mil para o município, que podem chegar apenas para a sua sucessora, a correligionária Neila Vitoriano. Por outro lado, nos últimos dias, desde o contato feito pelo PontoPoder com o atual prefeito, Piquet Carneiro já recebeu R$ 1,2 milhão na mesma modalidade.

Assim como nas duas cidades citadas acima, a saúde e a infraestrutura, especialmente no que se refere à construção de estradas, de Solonópole foram impactadas negativamente pelo bloqueio. Apesar desse problema, a prefeita Ana Vládia (PSD) se mostra confiante com a recomposição orçamentária. 

“Eu já estou sabendo que foram liberadas as emendas de transferência direta e também da saúde. Então a gente está feliz porque, apesar de já chegar no final do mandato, o recurso vai servir muito para a próxima gestão do município”, disse Ana Vládia, prima do prefeito eleito para o mandato 2025-2028, Webston Pinheiro (PSD). 

Nesse caso, já há mais clareza sobre os repasses. “Tem um recurso que já está na conta, para equipamento do hospital, e transferência direta para o município também já está na conta”, revelou. 

Segundo o prefeito de Quixeré, Toinho do Banco (PT), também estão pendentes emendas para a infraestrutura. Mesmo com todo o imbróglio relacionado a esses recursos, ele avalia que o município não foi tão afetado porque a área mais sensível, a de saúde, recebeu boa parte das complementações ainda no primeiro semestre. Contudo, ainda há pelo menos R$ 500 mil a serem pagos ao Fundo Municipal de Saúde. 

Outro gestor que mostra tranquilidade em relação aos pagamentos é Ramilson Moraes (PSD), de Aiuaba, visto que os depósitos já estão se encaminhando. As dificuldades existem, mas o prefeito avalia a medida do STF como positiva.

“De certa maneira, foi bom, porque gerou uma transparência, gerou uma maneira de conscientizar que todos os recursos públicos têm sido construídos em formas transparentes. [...] Apesar de ter sido uma coisa bloqueada há seis meses, ela chega agora com mais transparência. Então, eu acredito que jamais houve um prejuízo, houve um ganho para a sociedade”, observa.

Reforço para prefeituras

Segundo projeção da Confederação Nacional de Municípios (CNM), cerca de R$ 9 bilhões dos recursos impositivos destinados às prefeituras foram congelados com a decisão do STF de agosto. Esse valor é dividido em transferências especiais, emendas individuais com finalidade definida e emendas de bancadas estaduais. 

A situação levou preocupação a prefeituras cearenses, especialmente aquelas de menor porte populacional e econômico, que acabam sendo mais dependentes de repasses de outras instâncias. 

O dinheiro suplementar ajuda a mitigar efeitos de fenômenos como a baixa arrecadação de tributos, que tornam as receitas incompatíveis com as responsabilidades sob a jurisdição do Município. Para se ter uma ideia, em 2020, a União centralizava 66% da arrecadação direta, os estados 27% e os municípios apenas 6,7%.

Foi o que mostrou o senador Irajá Silvestre Filho (PSD-TO), no estudo “Efeitos da impositividade das emendas parlamentares no Orçamento Geral da União”, de 2023, desenvolvido no programa de mestrado do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP).

“Esse modelo exige um esquema de transferências e repartição de receitas que compense essas disparidades e permita o cumprimento das obrigações, sobretudo dos municípios, na descentralização das políticas sociais, em especial educação e saúde”, pontuou.

Algumas das despesas mais pesadas para os cofres municipais são aquelas destinadas a folhas salariais – há restrições sobre a indicação de emendas nesse caso – e à saúde. Não à toa, 50% do total das emendas individuais devem ser obrigatoriamente destinadas para esta área. Para 2024, 66% dos valores disponíveis nessa modalidade foi direcionado para a saúde e para transferências diretas às prefeituras – o total é R$ 25,07 bilhões.

Os Incrementos Temporários ao Custeio dos Serviços de Atenção Primária à Saúde e de Assistência Hospitalar e Ambulatorial para Cumprimento de Metas, a Estruturação de Unidades de Atenção Especializada em Saúde e da Rede de Serviços de Atenção Primária à Saúde e a Educação e Trabalho na Saúde foram algumas das principais ações apoiadas por emendas individuais em 2024.

Diário do Nordeste

terça-feira, 17 de dezembro de 2024

Datafolha: Lula tem 35% de aprovação e 34% de reprovação após 2 anos de governo

O governo do presidente Lula (PT) é aprovado e desaprovado igualmente pela população ao fim do segundo ano de seu terceiro mandato na Presidência. Consideram-no ótimo ou bom 35%, ante 34% que o avaliam como ruim ou péssimo. Outros 29% veem a gestão como regular.

Os achados na mais nova pesquisa do Datafolha sobre a avaliação de Lula, realizada nos dias 12 e 13 de dezembro, apontam à primeira vista um cenário de estabilidade em relação à rodada passada, realizada no começo de outubro.

Houve de lá para cá uma oscilação negativa dentro da margem de erro, que é de dois pontos percentuais: a aprovação oscilou um ponto para baixo, e a reprovação, dois para cima.

O levantamento, porém, aponta a retomada do pior momento de avaliação de Lula neste mandato: há um ano, o ótimo/bom estava oito pontos à frente do ruim/péssimo.

É um cenário semelhante ao registrado por seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL), que a esta altura do governo tinha 37% de aprovação e 32% de reprovação.

Comparado com esta etapa na série histórica de presidentes eleitos em primeiro mandato, contudo, Lula só está melhor também do que os agônicos José Sarney (1987) e Fernando Collor (1992).

Se comparado a si mesmo na primeira passagem pelo Planalto, Lula apanha: neste ponto do governo, tinha 45% de aprovação e apenas 13% de reprovação. Sua sucessora, Dilma Rousseff (PT), foi ainda melhor, 63% a 7%, mas ao fim ela acabou impedida em 2016, dois anos após ser reeleita.

Em favor do petista, há o fato de que ele vive um inédito terceiro mandato. O desgaste, associado à polarização vigente desde que derrotou Bolsonaro por 1,8 ponto percentual de votos válidos no segundo turno de 2022, parece inevitável.

No campo da empatia, o período internado para uma cirurgia para drenar um coágulo que lhe pressionava o cérebro não parece ter tido influência na avaliação do petista. Lula teve alta hospitalar no domingo (15).

De outubro para cá, não houve grande turbulência administrativa senão na economia, com a disparada do dólar na esteira da deterioração da expectativa com a política fiscal —cortesia do atabalhoado anúncio do pacote de corte de gastos de Fernando Haddad (Fazenda) e sua tentativa de compensá-lo com mudanças no Imposto de Renda.

Aqui, verifica-se que entre aqueles que se dizem bem informados acerca do pacote, 46% aprovam e 40% desaprovam o presidente.

Já no IR há uma divisão. Em relação à isenção de quem ganha até R$ 5.000, o empate de avaliação permanece, mas quem apoia a taxação extra de quem aufere mais de R$ 50 mil aprova mais Lula: 39% a 29%, ante o placar inverso de 56% a 22% pela reprovação entre aqueles que não concordam com a proposta.

No mais, os maiores estratos socieconômicos seguem semelhantes à média desde a eleição. Lula é mais bem avaliado entre os mais pobres (44%), quem tem mais de 60 anos (46% de ótimo/bom), entre os menos instruídos (53%) e nordestinos (49%).

Já sua desaprovação é prevalente na classe média que ganha de 2 a 5 salários mínimos (42%), entre evangélicos (43%), quem tem curso superior (45%) e os mais ricos (49%).

Outro sinal de alerta para o Planalto está no campo das expectativas. Creem que Lula fará um restante de mandato ótimo ou bom 38% dos ouvidos, enquanto 34% acham que o período será ruim ou péssimo, e 25%, regular. É o pior nível desde a largada de Lula 3, quando 50% eram otimistas, e 21%, pessimistas.

Já o olhar ao retrovisor está estável ante a pesquisa anterior: 58% acham que Lula fez menos do que podia, e 15%, mais. Já 24% dizem que ele fez o que era esperado.

A crise econômica que ganha corpo ainda não chegou às preocupações gerais da população. Quando instados a citar espontaneamente qual é o maior problema do Brasil, 21% dos ouvidos disseram ser a saúde. A seguir vem a segurança pública, com 12%, e só então a economia, com 9%.

Muito não é verbalizado diretamente. No ranking, a seguir vêm a educação, com 8%, e o desemprego, um grande indicador de percepção de problemas econômicos, com os mesmos 8%. A fome a e miséria, associados também à economia, vêm depois, com 7%.

Preocupação com saúde é um clássico nas séries históricas de avaliação de presidentes do Datafolha.

Houve momentos em que o espírito do tempo falou mais alto, contudo: no fim do mandato de Dilma, acossada pelas denúncias da Operação Lava Jato, a corrupção ocupava o topo da tabela, com 37% de menções.

Hoje, Lula tem confortáveis 7% de citações à questão como o grande problema brasileiro. A esta altura do mandato, Bolsonaro também tinha a saúde como espinho, com 30% de menções, mas em retrospectiva parece até pouco, dado que era o auge da pandemia da Covid-19.

Neste trabalho, o Datafolha ouviu 2.002 eleitores em 113 cidades do país.