sábado, 21 de dezembro de 2024

Exame de sangue poderá diagnosticar a doença de Alzheimer

Décadas antes que os sintomas cognitivos da doença de Alzheimer se manifestem, proteínas disfuncionais começam a destruir o cérebro, deixando rastros que poderiam ser utilizados para diagnosticar o mal neurodegenerativo precocemente. Segundo pesquisadores da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, um simples exame de sangue poderá cumprir esse papel, tornando-se um instrumento de triagem neurológica.

Em um artigo publicado na revista Alzheimer & Dementia, os cientistas descrevem um biomarcador que, segundo eles, poderá detectar alterações cerebrais na fase inicial da doença, a um baixo custo. Hoje, o Alzheimer é identificado já em estágios avançados, por meio de avaliação clínica e exames de imagem sofisticados. 

O grupo de pesquisadores se concentrou em uma proteína crítica na formação dos vasos sanguíneos, mas que também parece desempenhar um papel no declínio cognitivo. “Avaliando dados de um grande grupo de pacientes com uma variedade de perfis de risco vascular e cognição que vão de demência bem estabelecida à leve, descobrimos que os níveis dessa proteína no sangue podem ser usados como biomarcador para rastrear e monitorar o comprometimento cognitivo”, conta Jason Hinman, neurologista vascular e autor sênior do estudo. A proteína é chamada fator de crescimento placentário (PIGF).  

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