segunda-feira, 11 de julho de 2022

Novas epidemias no Ceará podem ser causadas por caça e desmatamentos, diz pesquisa


Nos animais silvestres do Ceará, existem microorganismos com potencial de causar epidemias ou pandemias caso saltem, principalmente, por duas janelas: caça e desmatamento. A análise faz parte de uma pesquisa nacional, com participação de cientista cearense, que também aponta a necessidade de monitoramento das zoonoses. O estudo faz parte do Projeto Redes DTN do Centro de Síntese em Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (SinBiose/CNPq), da Fiocruz do Rio de Janeiro. A Universidade Estadual do Ceará (Uece), ao lado de outras instituições de ensino, integrou o grupo.

A prática de caça de animais silvestres, que acontece de forma generalizada no Ceará, torna o contato mais próximo do ser humano com vírus, bactérias e outros patógenos perigosos à saúde. Em relação aos demais estados, o risco é baixo, mas exige cuidado. Os pesquisadores avaliaram os estados brasileiros e verificaram que 7 locais possuem alto risco de surtos de doenças infecciosas: Maranhão, Amapá, Roraima, Amazonas, Acre, Rondônia e Mato Grosso. No Ceará, o risco é considerado baixo.

"O risco é baixo, porque o fator de comparação é o resto do País que inclui, por exemplo, a Amazônia. Não quer dizer que o risco não existe, então as políticas públicas precisam ser no sentido de controle do desmatamento", contextualiza o integrante da pesquisa e professor na Uece, Hugo Fernandes.

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