Os produtores de arroz iniciaram em junho passado o preparo de solo e
o cultivo de arroz irrigado nas várzeas do Açude Orós. Neste ano, as
áreas adequadas para a produção estão mais distantes porque o nível do
reservatório baixou, após dois anos seguidos de seca. Na localidade de
Serrote, os agricultores trabalham na recuperação de canais que vão
possibilitar a irrigação da lavoura.
Um dos maiores produtores da região, Francisco José Braz,
lamenta a falta de apoio da Prefeitura no serviço de recuperação dos
canais de terra. “Estamos fazendo o serviço por conta própria, mas por
falta de condições o trabalho está atrasado e têm muitos produtores
parados, sem condições de plantar”, explicou Braz.
Em parceria com outros produtores, Braz pretende fazer o
cultivo de 100 hectares de arroz. A irrigação da lavoura é feita por
sistema de bombeamento com uso de motores a óleo diesel ou elétricos
instalados nas proximidades da água do reservatório. À medida que o
nível da água vai baixando, deixando descoberta as terras férteis, os
agricultores avançam com os equipamentos de irrigação e com o plantio.
O trabalho se estende até o fim do ano. “Não podemos
avançar no tempo porque se vier chuvas estraga a lavoura que pode ficar
inundada”, explica o produtor Marconi Chagas da Silva. Em algumas áreas a
produtividade é considerada boa em média de oito mil quilos por
hectare. Os produtores reclamam da falta de assistência técnica. “A
gente vai tentando acertar sozinho”, disse Pedro Alves.
Diário Centro Sul
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