terça-feira, 30 de setembro de 2025

Evandro entre a cruz e a espada: passageiros sem ônibus e empresas exigindo mais subsídios

O prefeito de Fortaleza, Evandro Leitão (PT), enfrenta com indignação a primeira crise de sua gestão após a decisão do Sindionibus de suspender linhas do transporte coletivo, deixando mais de 10 mil passageiros sem ônibus na capital.

Os passageiros foram surpreendidos na manhã dessa segunda-feira (29) com a falta de ônibus em algumas linhas. Os transtornos continuam e, na manhã desta terça-feira (30), quem precisava sair de casa para o trabalho ou outros compromissos se deparou com o mesmo problema.

A medida foi adotada pelas empresas como forma de pressionar a Prefeitura a ampliar o valor do subsídio mensal, atualmente fixado em R$ 16 milhões. Segundo o Sindionibus, esse montante não cobre os custos operacionais diante dos descontos aplicados nas tarifas, gerando um déficit estimado em R$ 7 milhões por mês.

O prefeito Evandro Leitão ficou indignado com a atitude e a classificou, junto a assessores, de precipitada e desrespeitosa com a população, já que as negociações ainda não haviam sido concluídas. A programação apontava para o mês de novembro a atualização da planilha de subsídios.

Enquanto o impasse não é resolvido, cresce a pressão política e social para que o Executivo e as empresas encontrem uma solução que assegure tanto a continuidade do serviço quanto a sustentabilidade do sistema.

A crise reacende o debate sobre o modelo de financiamento do transporte coletivo em Fortaleza e expõe o desafio de equilibrar subsídios, qualidade e acessibilidade.

O impasse deixa o prefeito Evandro Leitão entre a cruz e a espada, sendo pressionado a adotar, com agilidade, uma resposta que contemple os passageiros e as empresas de ônibus.

Evandro já ouviu também um conselho: se ceder na dimensão exigida pelas empresas, a mesma moeda terá que ser administrada pelos próximos três anos de sua gestão.

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