quarta-feira, 6 de agosto de 2025

Presidentes da Câmara e do Senado tentam diminuir tensão, mas enfrentam resistência dos aliados do ex-presidente Bolsonaro

A retomada das atividades legislativas nesta terça-feira (5) no Congresso Nacional ocorreu sob um ambiente de elevada tensão e clima político hostil e, nos bastidores, a expectativa é sobre a agenda a ser discutida, hoje, na Câmara e no Senado em um cenário de conflitos entre oposição e situação.

Deputados e senadores retornaram do recesso em meio a protestos contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro e a pressão de seus aliados, principalmente do PL, que exigem a inclusão imediata na pauta de projetos como o da anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro e o pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Diante do risco de radicalização e obstrução das sessões, os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), articulam medidas com o objetivo de diminuir a tensão institucional, evitar rupturas e preservar a governabilidade no Congresso.

Nos bastidores, lideranças partidárias dialogam para construir uma agenda mínima de consenso, capaz de avançar temas de interesse nacional sem alimentar ainda mais o ímpeto confrontador de parlamentares bolsonaristas. A leitura política é de que qualquer concessão pode ser interpretada como fragilidade, mas a omissão também pode incendiar o plenário.

CAUTELA NO GOVERNO

Enquanto isso, o Planalto acompanha com cautela e evita confrontos diretos, apostando que o bom senso institucional prevalecerá. O desafio é equilibrar o direito de representação com a preservação das instituições e da democracia.

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