sexta-feira, 4 de julho de 2025

Com nova variante do coronavírus, quais os grupos de risco e como devem atualizar vacinação da Covid

A chegada de uma nova variante do coronavírus ao Ceará, a XFG, é um lembrete de que, mesmo sem pandemia, a Covid segue adoecendo os cearenses. Entre cepas que se adaptam para driblar as defesas do corpo, um recurso se consolida como fundamental: a vacina.

Pelo menos sete amostras de testes positivos de Covid em Fortaleza atestaram a presença da nova sublinhagem, que é prevenível pelos imunizantes disponíveis. 

Antonio Silva Lima Neto, o dr. Tanta, secretário executivo de Vigilância em Saúde do Ceará, descreve que todos os casos de Covid causados pela XFG tiveram sintomas brandos, mas alerta que é indispensável proteger os grupos de risco.

“Essa nova variante vai necessariamente produzir novas internações? Não sabemos em que medida. Mas certamente, se isso ocorrer, será nos pacientes mais frágeis, dos grupos prioritários”, pontua o epidemiologista.

Ele afirma que no Ceará, mesmo com doses de vacina disponíveis o ano todo nos postos de saúde, “a procura está muito baixa”. Mais de 200 mil crianças vivem sem ter tomado nenhuma dose do imunizante anticovid, por exemplo.

Quem são os grupos de risco para Covid

Diante do cenário, Tanta frisa que “o mais fundamental é a vacinação dos grupos prioritários, principalmente os idosos e as crianças de 6 meses até 5 anos que já tenham tomado a última dose há mais de 6 meses”.

A rejeição pelo imunizante ainda é grande. “Na campanha da gripe, a criança e o idoso vão tomar a vacina da influenza, mas recusam a de Covid. Isso é muito comum. A desinformação que circulou na pandemia ficou”, lamenta o médico.

“É o momento de estimular a vacinação para os grupos prioritários com mais de 6 meses da última dose, porque temos uma vacina nova. É muito importante”, reitera.

Enquanto a imunização para a população geral é direcionada apenas a pessoas que nunca receberam a vacina contra Covid, para os grupos específicos ela é periódica, ocorrendo da seguinte forma:
  • Bebês de 6 meses e crianças menores de 5 anos de idade: vacina de rotina, está no Calendário Nacional de Vacinação desde 2024;
  • Idosos (60 anos ou mais), imunocomprometidos, gestantes e puérperas (que tiveram bebê há até 45 dias): devem se vacinar a cada 6 meses;
  • Demais grupos prioritários a partir de 5 anos de idade: dose anual.
Os grupos prioritários para a vacina contra o coronavírus, de acordo com a Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), são:
  • Bebês a partir de 6 meses e crianças menores de 5 anos;
  • Gestantes e puérperas;
  • Idosos (60 anos ou mais);
  • Indígenas;
  • Ribeirinhos;
  • Quilombolas;
  • Trabalhadores da saúde;
  • Pessoas com deficiência permanente;
  • Pessoas com comorbidades;
  • Pessoas imunocomprometidas;
  • Pessoas que vivem em instituições de longa permanência (ILPIs) e trabalhadores;
  • Pessoas privadas de liberdade;
  • Adolescentes cumprindo medidas socioeducativas;
  • Funcionários do sistema de privação de liberdade;
  • Pessoas em situação de rua.
Sintomas da variante XFG

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que, apesar de um aumento nos casos e hospitalizações pela nova variante, não há maior gravidade da doença ou resistência a tratamentos conhecidos.

No Ceará, como já reforçou Tanta, a sintomatologia dos pacientes permaneceu similar à já conhecida. Os sintomas mais comuns da Covid, de acordo com o Ministério da Saúde, são:
  • Febre ou calafrios;
  • Dor de cabeça;
  • Tosse;
  • Fadiga; 
  • Dor no corpo. 
Outros não específicos, como dor de garganta, congestão nasal ou coriza, também aparecem nos casos de Covid-19.

Como prevenir a nova variante do coronavírus

As medidas de prevenção do coronavírus já são conhecidas há, pelo menos, cinco anos. Para minimizar os riscos de disseminação da Covid, principalmente da nova variante, a Sesa lista uma série de recomendações:
  • Utilização de máscaras de proteção, ventilação de ambientes e higienização das mãos;
  • Conclusão esquema vacinal básico, incluindo a dose de reforço, para todas as idades;
  • Continuação do esquema vacinal atualizado com a vacina bivalente;
  • Monitoramento contínuo do vírus, por meio da testagem.
Diário do Nordeste

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