Uma ‘’fake news’’ espalhada pelas redes sociais, com distorção do conteúdo de um discurso do presidente Lula, insinua que o Governo Federal vai acabar com o Bolsa Família – uma das principais marcas das administrações do PT e que, atualmente, beneficia 21 milhões de famílias em todo o País.
O conteúdo foi montado a partir de um discurso do presidente Lula que, durante evento, na cidade de Resende, no Rio de Janeiro, no dia 15 de abril, disse que o “país não pode ser eternamente pobre, eternamente vivendo de Bolsa Família”.
FORTALECIMENTO DO BOLSA FAMÍLIA
Lula, ao destacar a importância do programa de distribuição de renda, expôs que o seu desejo é que as pessoas se formem e aprendam uma profissão para “viver bem”. O programa terá novas regras de proteção do Bolsa Família, fazendo com as pessoas continuem recebendo o benefício mesmo após um aumento da renda acima do estipulado pelo programa.
De acordo com as regras atuais, se a renda familiar passar de R$ 218 por pessoa (limite para receber), mas continuar abaixo de meio salário mínimo (R$ 759), 50% do benefício é mantido por 24 meses. A regra de proteção foi estabelecida em junho de 2023 pelo artigo 6º da Lei 14.601.
MANIPULAÇÃO DE FONTES E INFORMAÇÃO
Um das fake News faz referência a uma suporta “apuração da CNN” para sugerir que o fim do programa estaria em discussão no governo. A partir de busca no Google, o Comprova encontrou trecho em que a jornalista Juliana Lopes, da CNN, comenta mudanças no programa. Diferente do que aborda a fake news, em nenhum momento a jornalista da CNM fala do fim do programa.
Segundo reportagem do Jornal Correio Braziliense, ao Comprova, o Ministério de Desenvolvimento e Assistência Social afirmou que “a informação veiculada é claramente falsa” e que em breve haverá anúncio sobre a regra de proteção.
O Governo Federal enfrenta o desafio de desmentir com frequência conteúdos mentirosos sobre programas sociais. Os efeitos das mentiras atingem diretamente a população mais pobre. No caso da fake News sobre o Bolsa Família, os dados do ‘Comprova’ apontam que, até 25 de abril, a desinformação em dois posts tiveram 537 mil e 200 visualizações.
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