Além do risco de racionamento de energia e apagões, o Governo Federal terá que lidar com a pressão nas contas de luz durante a corrida eleitoral, quando o presidente Jair Bolsonaro pode tentar a reeleição.
Cálculos preliminares da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) apontam que as tarifas de energia podem subir, em média, 16,68% no ano que vem, principalmente por conta da crise hídrica que o País enfrenta a pior nos últimos 91 anos.
Para evitar que as contas disparem, a agência reguladora analisa medidas para mitigar os efeitos para os consumidores e manter os reajustes inferiores a dois dígitos.
A estimativa foi apresentada pelo superintendente de Gestão Tarifária da agência reguladora, Davi Antunes Lima, nesta segunda-feira, 16, em audiência pública na Comissão de Legislação Participativa da Câmara.
Segundo ele, diversos fatores devem contribuir para a alta nas tarifas. Com o agravamento da crise hídrica, a Aneel estima que os valores pagos pelos consumidores por meio das bandeiras tarifárias não serão suficientes para cobrir as despesas com as térmicas.
A previsão é que a Conta Bandeiras feche o ano com déficit de R$ 8 bilhões, que deverão ser repassados aos consumidores em 2022.
Pesam também os custos das medidas aprovadas pela Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenérgetica (CREG), que somariam entre R$ 2,4 bilhões e R$ 4,3 bilhões, segundo a Aneel.
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