As informações compartilhadas com a Procuradoria de Justiça dos Crimes contra a Administração Pública (Procap) hoje serão referentes às inspeções feitas aos municípios de Crateús, Granja, Iguatu, Icó, Independência e Martinópole, realizadas entre os dias 7 e 11 de novembro.
Com a entrega de mais seis documentos, o TCM chega ao número total de 23 relatórios produzidos nas últimas semanas, após identificar irregularidades. De acordo com o Tribunal, se em alguma visita nada for encontrado que comprovem as denúncias, os relatórios não chegam a ser encaminhados à Procap. No total, 26 Cidades foram visitadas e três avaliações ainda estão sendo produzidas.
Uma delas é Beberibe, que entrou na rota das investigações do Tribunal após O POVO, em visita no dia 10 de novembro, trazer indícios de irregularidades, como a suspensão do transporte para alunos universitários, por exemplo. Os outros dois municípios que ainda estão em fase de conclusão dos registros, e que foram acompanhados pelo TCM entre os dias 16 e 18, são Itarema e Pacajus.
O presidente do TCM, Chico Aguiar, afirmou que novas inspeções continuarão sendo feitas até o dia 10 de dezembro, e que as irregularidades identificadas nos municípios são similares. “A maioria (das irregularidades) é questão de suspensão dos serviços essenciais, tais como transportes de alunos, merenda escolar, contratos atrasados e obras paralisadas”, disse.
De acordo com o Tribunal, três equipes, que totalizam 22 servidores, especialistas nas áreas de Gestão, Pessoal e Engenharia, devem verificar questões que envolvem a continuidade de serviços públicos, endividamento, gastos com pessoal e com serviços de terceiros e contratações em período eleitoral.
A exemplo das fiscalizações já ocorridas, o TCM diz que permanecerão sendo analisados os procedimentos adotados pelas administrações para assegurar a continuidade serviços públicos, cumprimento das leis de responsabilidade fiscal, transição de governo, proteção do patrimônio, dentre outros aspectos.
Investigações
A ação da parceria entre TCM e MP faz parte da operação especial do período de transição de governo. Chico Aguiar afirma que as averiguações e prováveis punições, em caso de identificação de irregularidades, devem ocorrer para que o próximo gestor receba a administração do antecessor com as pendências resolvidas ou pelo menos encaminhadas.
No Ministério Público, as informações contidas nos documentos podem motivar a proposição de ações judiciais. No âmbito do TCM, o julgamento dos processos pode resultar em multas, determinação de devolução de recursos aos cofres públicos e desaprovação das contas públicas.
O POVO Online
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