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segunda-feira, 28 de março de 2016

Lula diz que aceita participar das decisões do governo mesmo como conselheiro

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira (28) que quer participar das decisões do governo, mesmo que seja na condição de conselheiro.

A ideia do "plano B" foi divulgada na semana passada por Jaques Wagner, chefe do Gabinete Pessoal da presidente Dilma Rousseff. Isso porque há um risco de o ex-presidente não assumir a Casa Civil devido a uma batalha judicial.

No último dia 23, Wagner, que foi deslocado neste mês do comando da Casa Civil para a chefia de gabinete de forma a abrir espaço para Lula no ministério, disse que caso o ex-presidente não possa assumir como novo titular da pasta deve ser mantido no governo em outra posição, como assessor especial.

Se virar ministro, Lula terá direito a mais benefícios do que hoje, como ex-presidente. As regalias incluem salário de R$ 30,9 mil, carros oficiais e auxílios moradia e alimentação.

Acusação

Em entrevista para a mídia internacional, em São Paulo, Lula afirmou ainda que o governo precisa fazer desonerações e adotar outras medidas para que a economia possa voltar a crescer, numa aposta no potencial do mercado interno do país.

Lula acusou a oposição a Dilma de impedir que a presidente governe e a mídia de criar um clima de ódio no país, que ele comparou com a situação vivida na Venezuela.

O ex-presidente, que teve conversas interceptadas pela Polícia Federal em meio às investigações da Lava Jato e divulgadas pela Justiça, criticou o que chamou de "Big Brother" nos métodos investigativos da operação e defendeu as ações tomadas durante seu mandato, entre 2003 e 2010, para fortalecer a Polícia Federal e a liberdade de investigação.

Na véspera da reunião do diretório nacional do PMDB que discutirá se o partido desembarca ou não do governo, Lula disse ver com "certa tristeza" a possibilidades de os peemedebistas abandonarem o governo. Para ele, no entanto, ainda é possível um acordo que mantenha a legenda, a maior da base de apoio a Dilma, alinhada ao Palácio do Planalto.

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