segunda-feira, 1 de junho de 2015

Poucas chuvas no Ceará alertam para abastecimento de água em 2016

O Ceará teve quatro meses de estação chuvosa em 2015 para tentar mudar um cenário de estiagem que se prolonga há quatro anos. Não conseguiu. É uma situação que não tinha se vivido ainda neste século. E os impactos, sempre sentidos com maior intensidade na zona rural, chegam com força às zonas urbanas. Agora, mais do que nunca, a água será disputada. Para controlar desperdício, plantios têm sido substituídos e uso racional deixa de ser escolha e passa a ser obrigação.

Neste período de chuvas, o Ceará acumulou média de 440,5 milímetros (mm) em precipitações. No ano passado, foram 460,2 mm. A redução fez com que o aporte nos reservatórios fosse o menor dos últimos 17 anos. Conforme a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), há possibilidade de que a situação seja ainda pior em 2016, principalmente devido à presença do fenômeno El Niño, que permanece até dezembro no Brasil. Dependendo da intensidade, ele contribui para inibir as chuvas no Nordeste. “Com isso, a gente pode ter um quinto ano consecutivo de seca”, alerta o meteorologista Raul Fritz.

O POVO

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