quarta-feira, 24 de junho de 2015

MP diz que afastamento de Raimundo Macedo deve-se a esquema de desvio de dinheiro público

Raimundo MacedoO Ministério Público do Estado do Ceará afirma o caso do afastamento do prefeito e Juazeiro do Norte, Raimundo Antônio de Macedo, não se trata “apenas” de superfaturamento dos valores da desapropriação e da permuta levada a cabo pelo Município; mas, sim, de um esquema para desvio de recursos públicos.

Conforme as investigações, o imóvel localizado no sítio Boca das Cobras (área total de 366.525,44 m²) foi comprado formalmente pela empresa AC Imóveis, pela quantia de R$ 10.955.763,00 em 10 de abril de 2014. No entanto, após as investigações, constatou-se que o imóvel fora vendido em momento anterior (no exercício de 2013) pela quantia de R$ 2.350.000,00, consoante depoimentos de proprietários, ratificados pelos extratos da conta bancária aberta exclusivamente para pagamento dos valores referentes ao imóvel.

Segundo os depoimentos dos proprietários, o comprador do terreno seria Marnewton Tadeu Pinheiro, que, inclusive, já havia depositado valores antes mesmo da conclusão do inventário. Coincidentemente, Marnewton Tadeu era sócio da Empresa AC Imóveis, tendo se retirado da sociedade dias antes da conclusão da compra e venda (lavratura da Escritura Pública). Ainda assim, foi o próprio Marnewton Tadeu quem assinou o termo de acordo administrativo da indenização da desapropriação em nome da Empresa AC. Imóveis.

Nos referidos extratos bancários (conta exclusiva dos proprietários e herdeiros), foi possível constatar quem efetivamente colaborou para a aquisição do imóvel, dentre eles: Marnewton Tadeu Pinheiro (R$ 840.000,00), Mauro Macedo (filho do prefeito, R$ 150.000,00), Shopping Center Juazeiro (empreendimento em construção da Família do prefeito, R$ 150.000,00), Flex Editora (fornecedora do Município, R$ 100.000,00) e outras pessoas ligadas aos promovidos.

Ceará Agora

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