sábado, 9 de maio de 2015

Aporte de açudes no Ceará é o menor desde 1998

Nos quatro primeiros meses do ano, o Estado não teve precipitações suficientes para compensar a demanda e a evaporação dos recursos hídricos. Com a pior recarga de açudes monitorados pela Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (Cogerh) em 17 anos (838 milhões de m³ de água), o volume de água do Ceará baixou de 21% no início de 2015 para 20,4% em maio, último mês de quadra chuvosa. Atualmente, conforme a Cogerh, 27 dos 151 açudes têm volume morto, e outros 14 estão secos.

Até abril, segundo a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), o nível de precipitação se confirmou abaixo da média histórica. Entre maio e julho, a estimativa é de chuvas em torno da média. Este, entretanto, é um período historicamente de precipitações reduzidas. Por isso, não se pode esperar que o volume de aporte alcance o que foi registrado nos anos anteriores.

Já é possível considerar 2015 como o quarto ano seguido de seca no Ceará, pontua Raul Fritz, supervisor da Unidade Tempo e Clima da Funceme. Isso porque janeiro foi “muito ruim” em termos de chuva e as precipitações a partir de fevereiro, quando tem início a quadra chuvosa, não foram relevantes. Até agora, apenas março foi um mês “razoável”. No somatório, as precipitações dos quatro primeiros meses foram 31,4% menor que o normal para o período.

O POVO Online

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