Em meio ao caos na saúde pública, crianças com sintomas de dengue, sarampo, catapora e outras viroses lotam os corredores do Hospital Albert Sabin, na Vila União. Os pais e familiares dos pequenos pacientes reclamam da falta de médicos, consultas e atendimento prioritário aos doentes com necessidades especiais. Ao todo, foram registradas 57 crianças nos corredores.
Na entrada da unidade, na recepção e nos corredores, meninos com febre, tosse, dor de cabeças e manchas pelo corpo aguardam atendimento médico especializado ou mesmo a primeira consulta. Ambulâncias de diversos municípios do Interior do Estado chegam durante todo o dia com mais pacientes.
A dona de casa Dayane Nunes tentava, desde segunda-feira (11), levar seu filha, de 6 anos, com sintomas de dengue, ao hospital. Ela chegou por volta de 11h30 e saiu sem atendimento às 23h. Ontem, a mãe levou novamente a criança, e um exame de sangue diagnosticou o baixo número de plaquetas, confirmando o quadro de dengue. Dayane aguardou durante todo o dia a transferência da filha para um leito em outra unidade, mas não obteve resposta até a noite de ontem. "Nossas crianças estão sendo atendidas como animais. Falta alimento e medicação. É triste", lamentou a mãe.
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