terça-feira, 7 de abril de 2015

Tem sido pequena a adesão dos cearenses ao projeto

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), no Ceará, seguem coletando assinaturas com vistas à proposta de um projeto de lei de iniciativa popular para a Reforma Política. No entanto, conforme os próprios organizadores entrevistados pela imprensa, a adesão tem ficado aquém do desejado no Estado, lugar em que eles esperam colher entre 50 mil e 60 mil assinaturas.

O movimento, que desde 2013 vem se organizando, construiu uma pauta de reivindicações para a reforma, onde acertaram quatro pontos principais: suspensão de pagamentos de campanhas por financiamento privado através de grandes empresas; eleições proporcionais em dois turnos, sendo uma para o partido e outra para os indicados da sigla; direito de participação popular e paridade de gênero em lista pré-ordenada.

Os líderes da coalização no Ceará também demonstraram preocupação para conseguirem logo o número necessário de assinaturas, uma vez que no Congresso Nacional existem propostas com teor diferente em tramitação, aguardando votação dos parlamentares. De acordo com o padre Ermano Allegri, um dos responsáveis pela coleta das assinaturas no Estado, o encerramento do movimento deve ser feito nesse mês, e em seguida, todas as assinaturas coletadas devem ser encaminhadas para o Congresso Nacional.

Paróquias

Conforme disse, durante alguns dias pequenas equipes ficaram responsáveis pelo trabalho na praça do Ferreira e praça José de Alencar, além da Paróquia 13 de Maio e algumas pastorais. O religioso ressaltou, porém, que as paróquias, de forma geral, se comprometeram pouco com o movimento, mas isso, em sua avaliação, não deve comprometer o objetivo do grupo no Ceará, que pretende coletar entre 50 mil a 60 mil assinaturas.

Ele informou que não dava ainda para se ter uma noção de quantas assinaturas foram feitas ao longo das últimas semanas, mas defendeu que é preciso acelerar os trabalhos, visto que o Congresso pretende aprovar uma reforma que não condiz com as ideias do movimento.

A aceitação do financiamento privada de campanha por exemplo, é uma das propostas acatadas pelos congressistas e criticada pela coalização formada por CNBB, OAB e outras tantas entidades. "Hoje ou amanhã acredito que teremos essa contagem, e nosso objetivo é ajudar com 50 a 60 mil assinaturas das 1,5 milhão que queremos ter em nível nacional, apesar de eu achar que não vamos ultrapassar esse número", disse.

A divulgação do grupo em defesa de uma reforma política com aceitação da população foi feita no estilo boca a boca, além de programas de rádio e divulgação nas igrejas, diz Allegri.

DN

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