segunda-feira, 20 de abril de 2015

Plenário do Senado deve votar propostas da reforma política nas próximas semanas

Propostas que tratam da reforma política devem ser votadas pelo Plenário do Senado Federal, em breve. A casa finalizou a análise de três propostas, em março. No entanto, mais seis matérias que tratam do tema são prioridades, e podem ser deliberadas nas próximas semanas. Dentre as matérias estão mudanças no financiamento de campanha e na duração de mandatos no Executivo.

Na pauta do Plenário constam três Projetos de Lei (PL) que tratam do financiamento das campanhas eleitorais e a divulgação de despesas pelos partidos. O PLS 268/2011 estabelece o financiamento público exclusivo de campanha. O PLS 60/2012 restringe as doações aos candidatos. E o PLS 601/2011 obriga candidatos e partidos a divulgarem na internet relatórios referentes a recursos arrecadados e gastos na campanha eleitoral.

As Propostas de Emenda à Constituição (PECs) 55/2012 e 38/2011 - tratam do voto facultativo e muda as datas de posse nos cargos dos Executivos - também estão prontas e aguardam inclusão na ordem do dia. A primeira foi rejeitada na CCJ e terá cinco sessões de discussão antes da votação em 1.º turno. E a segunda estabelece posse do presidente da República em 15 de janeiro; de governador e prefeito em 10 de janeiro; e de deputados estaduais e distritais em 1º de fevereiro.

O PLS 295/2011 Complementar – que determina 50% das vagas na Câmara de Deputados, câmaras estaduais e assembleias legislativas – para mulheres também aguarda inclusão na ordem do dia.

Em debate

Sobre reeleição, as PECs 73/2011 e 48/2012, que exigem a desincompatibilização do presidente, governador e prefeito que queiram se reeleger, foram discutidas por cinco sessões e estavam prontas para votação, mas retornaram para reexame na CCJ, por meio de requerimento apresentado pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR). Outras duas propostas, que determinam a desincompatibilização de governantes que queiram tentar a reeleição, aguardavam inclusão na ordem do dia, mas retornaram para reexame da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). A essas oito matérias com tramitação mais avançada, se juntam outras 33, apresentadas este ano e que alteram as regras eleitorais.

Ainda na CCJ, a PEC 35/2014 que propõe o fim da reeleição, mandato de cinco anos para chefes do Executivo e parlamentares aguarda designação de relator. A matéria restringe o acesso ao Fundo Partidário e ao tempo de rádio e TV e estabelecer regras de transição.

Novas matérias

Desde o início da nova Legislatura, foram apresentadas no Senado 17 PECs e 16 projetos de lei que alteram o sistema eleitoral e as regras para a realização de eleição. Cinco propostas acabam com a possibilidade de reeleição para cargos do Executivo. São elas: 19/2015, do senador Telmário Mota (PDT-RR); 30/2015, de Romero Jucá (PMDB-RR); 37/2015, de Donizeti Nogueira (PT-TO); 47/2015, de Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE); e 49/2015, do senador Aécio Neves (PSDB-MG).

Quatro projetos tratam do financiamento das eleições. O PLS 127/2015, de Romero Jucá, proíbe doações de empresa a candidato, mas autoriza doação de pessoa física a um único partido político. O PLS 166/2015, de Donizeti Nogueira (PT-TO), trata de vários aspectos do financiamento das eleições. O PLS 169/2015, da senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO), veda a doação por parte de empresas cujo faturamento em contratos com a administração iguale ou supere 60% de seu faturamento bruto. E o PLS 185/2015, do senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), impede que partidos políticos recebam doação de ocupantes de cargos em comissão ou funções de confiança na administração pública direta ou indireta.

Agência Senado

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