Os petistas se queixam – com razão – de tratamento discriminatório. Nada comparável ao dado aos implicados da oposição: o mensalão tucano (prestes a prescrever, sem ninguém punido); o cartel dos trens e metrôs do governo paulista (só vindo a lume por causa do Ministério Público suíço); a construção dos aeroportos familiares em Minas Gerais; as denúncias sobre propinas de Furnas (envolvendo Aécio Neves); o helicóptero carregado de cocaína em fazenda de político mineiro (sem que ninguém tenha sido preso ou processado); a suspensão da CPI da Petrobras devido a uma suposta propina paga ao PSDB (Sérgio Guerra e Álvaro Dias); as revelações do Wikileaks sobre José Serra e a americana Chevron; a compra da reeleição de FHC; a privataria tucana (dentre outros).
A espetacularização da prisão do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, seria outra prova da falta de isonomia no tratamento dado a partidos acusados de irregularidades. Isso ficaria claro vendo-se o histórico dos tesoureiros dos outros partidos. Sem retirar a responsabilidade de quem tiver culpa, ficaria claro que o financiamento privado é o vetor principal do processo corruptor. A detenção de Vaccari ocorre, coincidentemente, quando se buscava algo para reativar a ofensiva do impeachment diante do “minguamento” das manifestações.
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