terça-feira, 7 de abril de 2015

Briga entre Cid, Ciro e Cunha é antiga

Image-0-Artigo-1829352-1O ápice da relação conflituosa entre o ex-ministro da Educação, Cid Gomes (PROS), e o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), foi atingido durante a sessão em que o ex-governador compareceu ao Legislativo para prestar esclarecimentos sobre a afirmação de que haveria "400, 300 deputados achacadores", mas a origem do clima nada amigável mantido entre ambos é bem mais antiga, retomando ainda ao ano de 2009.

Em entrevista ao Diário do Nordeste ainda no ano passado, no dia 22 de dezembro, o ex-governador Cid Gomes fez declarações nada elogiosas acerca de o que representaria a eleição de Eduardo Cunha para a presidência da Câmara dos Deputados. Na ocasião, o ex-ministro também reclamou da relação mantida entre os parlamentares e o Executivo, já acusando os deputados federais de achacadores.

As críticas a Eduardo Cunha, no entanto, não são um comportamento recente e nem representam um pensamento exclusivo de Cid Gomes. O irmão do ex-governador, Ciro Gomes, ainda aguarda o julgamento de um processo no Superior Tribunal de Justiça (STJ) em que é acusado de difamação pelo peemedebista. A ação já recebeu o parecer do Ministério Público Federal (MPF) e está concluso para a análise do ministro Ericson Maranho, desembargador convocado do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

Ainda em 2009, Ciro Gomes, durante palestra realizada em Fortaleza para discutir as expectativas que tinha para o cenário de 2010, o então deputado federal afirmou que Eduardo Cunha era um exemplo de pessoa que "não presta". De acordo com o processo, ele teria citado o peemedebista e o chamado de "uma espécie de feiticeiro da aldeia", ao mencionar o desempenho da função dele perante o PMDB.

Conforme a representação, Ciro Gomes teria se referido ao atual presidente da Câmara Federal como "trambiqueiro", ao dizer que o peemedebista é o relator dos trambiques que se fazem nas medidas provisórias. Em 2010, Eduardo Cunha apresentou uma queixa-crime ao Supremo Tribunal Federal (STF), mas a não reeleição do político cearense fez o órgão declinar da competência de julgar, encaminhando o processo para a Justiça Federal no Ceará.

DN Online

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