Em seguida vem Maracanaú que, mesmo sediando o Distrito Industrial, representa apenas 5,3% do PIB estadual. Juntas, as cinco cidades reúnem 40,7% de toda a população do Ceará.
Segundo o diretor geral do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), Flávio Ataliba, há uma certa rigidez na concentração de atividades produtivas nessas regiões. Ele conta, contudo, que nos próximos anos a situação pode mudar um pouco. "O esforço de desconcentrar é sempre grande. Naturalmente que sempre haverão locais com maiores volumes de riqueza, mas algumas políticas dos últimos anos, como a ampliação de vagas universitárias no interior, têm sido um força adicional para desconcentrar", diz.
Os dados referentes à concentração de riquezas do Ceará constam no documento "PIB dos Municípios 2012", divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para Ataliba, como as informações mais recentes são de 2012, é possível que a concentração do PIB já esteja menor. "Muitos investimentos foram feitos nos últimos dois anos, como a ampliação da rede de educação e de saúde no interior. Ainda não sentimos os efeitos disso, que são serviços que demandam outros serviços. Pode ser que nos próximos anos fique mais explícito, mas é importante frisar que essa desconcentração não muda fortemente de uma hora para outra", conta o diretor do Ipece.
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