
O senador Eunício Oliveira, do PMDB, que foi apoiado por Cid e Ciro em 2010; a deputada estadual Eliane Novais, do PSB, antigo partido do governador; e Camilo Santana, do PT, que aparece como uma novidade. Essa quebra de apoio fez a “pedra rachar” – pedra, pois ficou conhecido pelo novo partido de Cid Gomes, o PROS (Partido Republicano da Ordem Social) – confundindo a cabeça do eleitorado cearense.
Antes da homologação dos candidatos no dia 30 de junho, uma coisa estaria certa: Eunício, ex-ministro e senador, seria candidato a governador com ou sem apoio de Cid Gomes. Com essa ruptura política, o peemedebista se junta a um dos maiores políticos do Ceara; três vezes governador, senador e com um patrimônio gigantesco, Tasso Jereissati, do PSDB, aceita a convocação de ser candidato a senador, fazendo uma dobradinha PMDB-PSDB, que nunca se foi vista no estado, juntando-se a eles o ex-prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa, do PR, levando consigo o ex-governador Lúcio Alcântara.
No entanto, Cid Gomes tinha um leque de opções para escolher seu sucessor, como exemplos: o ex-vice-governador e hoje conselheiro do TCM, Domingos Filho, que era um de seus nomes mais fortes apresentado em pesquisas antes da candidatura oficial, mas com uma ligeira diferença para Eunício Oliveira; Izolda Cela, ex-secretária de educação do Estado e hoje candidata a vice-governadora; Mauro Filho ex-secretário da Fazenda do Estado e hoje candidato a senador; e Leônidas Cristino, ex-ministro dos portos.
No meio de tantas especulações, o governador aparece com um nome novo, Camilo Santana, seu antigo secretário do desenvolvimento agrário e das cidades e o deputado estadual mais votado nas últimas eleições. Conta-se no bastidores da política que o deputado federal José Guimarães, do PT, abriu mão de ser senador para ceder a vaga ao seu companheiro de partido ao governo do Estado.
Mas uma dúvida inquieta os eleitores do Ceará, como foi divulgado na última pesquisa Datafolha: quem é o candidato apoiado pela presidenta Dilma e o ex-presidente Lula? Camilo, sendo do PT, utiliza em todo seu marketing eleitoral o fato de ter Lula e Dilma ao seu lado, mas o que é visto nas redes sociais são selfies de Eunício e Dilma e convites da presidenta ao senador para participar de certos eventos ao seu lado. Mas existem certas contradições, pois Tasso, que apoia Eunício, irá trabalhar veementemente para eleger Aécio Neves, do PSDB, à presidência da República. Será se o candidato do PMDB iria aceitar apoio do principal rival de Dilma?
Com esse embaraçado todo, fica-se a dúvida para saber qual o próximo governador que irá residir no Palácio da Abolição, em Fortaleza. Se para quem já é acostumado a votar fica complicado entender, imagine os jovens que terá o prazer de votar pela primeira vez. É um verdadeiro exercício para a mente, tentar entender esses laços que unem e desunem os políticos de 4 em 4 anos.
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