A prisão de condenados do mensalão chama a atenção para outras 834
ações ou inquéritos contra políticos que tramitam no Supremo Tribunal
Federal. Em 36% dos casos, há indícios fortes de crimes como lavagem de
dinheiro, desvio de recursos, falsidade ideológica e até homicídio.
Desde
a Constituição de 1988, quando passou a ser foro privilegiado de
autoridades, o STF pôs na cadeia dois deputados com mandato - Natan
Donadon, que era filiado ao PMDB de Rondônia, acusado de desviar
dinheiro da Assembleia Legislativa do Estado, e o deputado licenciado
José Genoino (PT-SP).
Os deputados Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Pedro Henry (PP-MT), que,
como Genoino, foram condenados no escândalo do mensalão, aguardam em
casa decisão do ministro Joaquim Barbosa, relator da ação penal e
presidente do Supremo. Os mandados contra Costa Neto e Henry podem ser
expedidos ainda nesta semana.
João Paulo Cunha (PT-SP), o
quarto deputado federal condenado, ainda terá um recurso analisado antes
que sua pena seja executada.
Nos últimos anos, outros cinco deputados em atividade chegaram a receber a pena de prisão por cometerem irregularidades no exercício de cargos públicos, mas não há previsão a médio prazo de serem presos - ainda aguardam julgamento dos recursos. Ou, em boa parte dos casos, já tiveram as penas prescritas pela demora no julgamento das ações penais.
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