terça-feira, 7 de maio de 2013

Senador critica regime próprio de previdência para estados e municípios

O senador Ataídes Oliveira (PSDB – TO) criticou em Plenário nesta segunda-feira (6) a regulamentação, pelo governo federal, do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS), que permite a estados, municípios, Distrito Federal e União terem seus próprios regimes de previdência. Para isso, basta criarem empresa pública para administrar esse regime de previdência próprio.

O RPPS foi regulamentado por meio da Lei 9.717/1998; da Emenda Constitucional 20/1998; da Emenda Constitucional 41/2003; e da Emenda Constitucional 47/2005, com o propósito de livrar o governo federal de uma profunda crise na previdência. Em sua avaliação, uma crise fruto de má gestão pública, entre outros fatores.

Atualmente, explicou o senador, existem mais de 2 mil entes federados com regime próprio de previdência social, com uma disponibilidade financeira superior a R$ 120 bilhões em caixa e cerca de 10 milhões de contribuintes.

Um dos cuidados exigidos desses regimes próprios, alertou Ataídes, são os investimentos feitos pelos fundos que os administram. De acordo com as normas de funcionamento desses RPPS, até 100% dos recursos podem ser investidos em renda fixa e títulos públicos, investimentos de baixo risco e também baixa rentabilidade.

Mas é possível investir até 30% dos recursos em renda variável – em fundos de ações, em bolsa de valores, em fundo de investimento de multimercado, em fundo de investimento em participações e em fundo de investimento imobiliário. E é nesta parcela que ocorrem os problemas, disse o senador, lembrando que foram feitos investimentos em aplicações em bancos falidos, sob intervenção e liquidação do Banco Central, como Banco Santos, Banco Cruzeiro do Sul, Banco BVA, Corretora Diferencial, entre outros.

- Aqui a vaca começa a ir para o brejo. Ou seja, essas aplicações em renda variável têm grau de risco alto e altíssimo. E esse dinheiro não pode nem deve correr riscos, uma vez que a sua finalidade é assegurar benefícios previdenciários aos seus contribuintes – reprovou o senador.

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