O município de Tauá, distante 345 quilômetros de Fortaleza, na região
dos Inhamuns, vive a maior seca dos últimos 50 anos. Na região, os
agricultores precisaram fazer empréstimos bancários para sobreviver e
agora não têm condições de pagar. "Hoje, como vocês estão vendo aqui, a
gente não tem condições de pagar", lamenta o produtor rural Luís
Gonçalves.
Os financiamentos que estão em atraso foram tomados na década de 90. A
dívida do agricultor Luiz Osório Gonçalves começou em R$ 74 mil. Sem
pagar nada desde o ano 2000, ele agora deve R$ 350 mil e pode perder os
bens para o banco. "Minha propriedade eu herdei dos meus avós que já
vinha dos meus bisavós, de quarta geração [...]. Porque um projeto não
dá certo você ir tirar essa história, arrancar da família aquilo que é
cultural, que é mais forte do que qualquer valor pecuniário".
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