Manoel Sousa da Silva, o ´Manuelito´, 37, e Francisco Ricardo Ferreira, 39, foram presos na Praça do Carmo, no Centro de Fortaleza, enquanto realizavam uma de suas transações criminosas. Segundo a Polícia, os encontros da dupla aconteciam duas vezes por semana.
´Manuelito´ seria o cabeça de uma organização que comprava imagens de cheques, feitas por um funcionário de uma empresa terceirizada que custodiava cheques pré-datados até a data de compensação. O funcionário da empresa começou a aplicar o golpe com uma ´caneta espiã´ (que dispõe de máquina fotográfica), mas as imagens não tinham a nitidez necessária para que depois os cheques clonados fossem confeccionados.
As fotos passaram a ser tiradas, então, com uma câmera e apenas o cartão de memória era repassado pelo funcionário aos estelionatários. No momento da prisão, ´Manuelito´ estava com um desses cartões. De acordo o delegado da DDF, de três a cinco mil cheques eram fotografados por semana.
O golpe
Quando as informações chegavam a ´Manuelito´, ele e seus comparsas faziam a clonagem a partir de folhas que eles retiravam em caixas eletrônicos, além de fotocópias feitas em scanners.
O golpe era bem-sucedido, pois nos cheques clonados eram colocadas datas anteriores às dos cheques verdadeiros.
"Recebemos centenas de denúncias de pessoas físicas e de empresas com problemas com cheques. Eles (os golpistas) davam cópias de um mesmo cheque em diversas lojas e, quando o proprietário da conta percebia, já tinha sido vítima do golpe" afirmou Jaime Linhares.
Ao ser preso, Francisco Ricardo negou envolvimento na fraude, mas a Polícia constatou que ele conseguia contas bancárias onde os cheques clonados eram debitados. As investigações continuam a fim de descobrir se existem mais pessoas envolvidas no crime. Linhares afirma que o prejuízo aos donos dos cheques ainda não foi contabilizado, e que, diante da quantidade de transações que aconteceram de forma fraudulenta, é possível que este número jamais seja precisado.
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