A chuva deste ano no Ceará
está abaixo da média e, com isso, falta água para beber e solo fértil
para o plantio. A seca acabou com a roça de Denis Diógenes e de muitos
agricultores no interior do Ceará. Só neste ano, ele plantou duas vezes,
em 40 hectares, mas o milho murchou e o feijão nem mesmo chegou a
brotar.
Nos versos de Luiz Gonzaga, Denis encontra forças para seguir em frente. Ele mora no município de Pereiro, a 300 quilômetros de Fortaleza,
onde a vida na agricultura não está fácil. “Rompeu-se o natal, porém
chuva não tem e o sol muito além começa a queimar. Eu vendo o meu burro,
meu jegue e o cavalo”, canta ele, que acredita ser este um dos anos
mais difíceis para o agricultor.
Na casa da agricultora Francisca das Chagas, o feijão também faz falta
na panela e no prato dos sete filhos. “ Tem que ter feijão, os meninos
gostam muito de feijão. mas como não tem, tem que comer só arroz. Só o
arroz duro quando aparece. A vida da gente é essa”, lamenta.
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