Nevoeiro sobre a serra é sinal de mais chuva no sertão. Os campos estão
verdes, a pastagem do gado melhorou e os moradores voltaram a
frequentar as roças.
José Macedo, agricultor de Nova Olinda, região sul do Ceará,
começou a plantar cheio de esperança. Usando uma matraca, o trabalhador
rural aproveita a umidade e semeia 60 quilos de milho nos três hectares
que preparou.
Em outra localidade, um trator é utilizado para o plantio de milho
direto. Jardel Alencar faz o experimento em 50 hectares. Em vez dos
3.700 quilos por hectare no plantio convencional, nesta modalidade, o
agricultor pode chegar a colher até cinco mil quilos de milho por
hectare. “O plantio direto leva vantagem porque aguenta mais a estiagem
do que o plantio convencional”, garante o agricultor.
Em algumas regiões do estado, ainda falta chuva. Por causa disso, o
calendário de distribuição de sementes foi alterado de acordo com as
previsões de chuva da Funceme, órgão estadual de Meteorologia.
O secretário de Desenvolvimento Agrário do Ceará, Nelson Martins,
explica que as sementes foram distribuídas primeiro na região do Cariri
porque lá choveu primeiro.
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