segunda-feira, 1 de junho de 2009

Quixeramobim e Iguatu: Núcleos registram poucos indigentes

Funcionando desde dezembro de 2006, o Núcleo de Ciências Forense de Quixeramobim recebeu apenas quatro corpos de vítimas não identificadas e não reclamadas por familiares. Por conta do reduzido número de indigentes a unidade regional de exames de natureza médico-legal, conhecida popularmente como IML não enfrenta dificuldades com o destino dado aos corpos desconhecidos. O único problema registrado desde a inauguração do Núcleo foram os boatos de desova de restos de cadáveres na barragem do açude ao lado.

O supervisor da unidade regional, Francisco José de Autran Nunes confirma a desconfiança dos moradores há algum tempo. Sobre os indigentes Francisco José acrescentou que permanecem até 60 dias nas geladeiras. Além do levantamento datiloscópico são fotografados. Somente depois dessas providências são sepultados. O último enterro ocorreu faz pouco mais de mês. Dois deles foram enterrados no cemitério do distrito de Uruquê e os outros na Maravilha. A Secretaria de Ação Social de Quixeramobim fornece as urnas fúnebres, mesmo para vítimas de outros municípios.

Inaugurado em 7 de abril passado, o Núcleo de Ciências Forenses de Iguatu, que conta com o Instituto Médico Legal (IML), recebeu até a última sexta-feira 39 corpos para realização de exames de necropsia. Desse total, somente um era de indigente, que foi encontrado na zona rural do município de Mombaça. Após 42 dias, foi enterrado na terça-feira passada, no cemitério local, em caixão, que foi cedido pelo IML de Juazeiro do Norte.

O IML de Iguatu é o mais novo do Estado. Dispõe de infra-estrutura com duas geladeiras, cada uma com quatro gavetas, que ficam na sala de exames de necropsia e na ala para corpos em putrefação.

Alex Pimentel / Honório Barbosa
DN

Nenhum comentário: