A CPI da Sogra na Assembléia Legislativa morre por inanição e o requerimento foi retirado de pauta por falta de assinaturas que lhe garantam sua tramitação na Casa. Das doze assinaturas necessárias, o documento conta com apenas duas – dos próprios autores, os deputados Heitor Férrer (PDT - foto) e Adahil Barreto (PR).O quadro não é propriamente uma surpresa, mas a confirmação veio hoje, depois que o PSDB sinalizou que não irá assinar a CPI. Os tucanos formam a maior bancada da Casa, com 14 parlamentares, e haviam ensaiado apoiar a instalação da comissão para apurar as despesas do governador Cid Gomes em viagens internacionais.
A situação ficou clara para a oposição, quando o deputado Heitor Férrer cobrou do líder do PSDB, deputado João Jaime Marinho, que estava aguardando as assinaturas. João Jaime foi rápido na resposta e disse que os tucanos não vão atender a pressão pedetista e “não têm obrigação de dar satisfação, nem hora, nem dia para informarem a posição”.
O deputado Luis Pontes também foi enfático ao afirmar que “não precisava se preocupar com o PSDB”, porque, de acordo com ele, o Partido sabe de suas responsabilidades, e suas atribuições, e irá se pronunciar dentro de seus critérios. Para a bancada do PSDB o consenso é de que o objeto da CPI ainda não está claro o suficiente.
Em outro pronunciamento, o deputado Adahil Barreto disse que, caso o PSDB decida apresentar outro documento, com provas mais substanciadas, ele e Heitor Férrer assinariam a proposta. Mas Férrer garante que a retirada da CPI não representa um recuo nas suas posições em relação ao assunto.
Férrer vai aguardar agora o pronunciamento do TCE e do Ministério Público Estadual sobre o pedido de esclarecimentos feitos sobre as viagens internacionais do governador.
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