quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Limoeiro do Norte: MST protesta contra ação para desapropriar área ocupada

Famílias ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) protestaram na manhã desta quarta-feira (21) contra a desapropriação da área do acampamento Zé Maria do Tomé, na Chapada do Apodi, em Limoeiro do Norte, no Ceará. Um grupo queimou pneus em uma via da região. Uma equipe do Comando do Batalhão de Choque da Polícia Militar (PM) esteve no local para cuprir decisão judicial que determina a desapropriação.

“O Batalhão de Choque amanheceu no acampamento. Bloqueou acessos para entrada de apoiadores. Mas, a partir articulações com o governo a ação policial foi suspensa por hoje, mas a reintegração permanece. As famílias continuam resistindo e recebendo apoio de parlamentares e sindicatos”, disse a dirigente estadual do MST Ceará, Gene Santos.

As famílias estão na área há quatro anos e reivindicam 1.700 hectares de uma área de cerca de oito hectares do Departamento de Obras contra a Seca do Governo Federal (Dnocs). “As 150 famílias já estão acampadas há quatro anos. O MST reivindica 1.700 hectares de uma área de mais de oito hectares do Dnocs. Então a terra é pública”, afirmou Gene.

A Justiça Federal no Ceará determinou a desocupação da área em sentença transitada em julgado, ou seja, não cabe mais recursos. A sentença ressalta que o MST se instalou em uma área que compõe o projeto de irrigação Jaguaribe Apodi e que o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), que tem a posse e propriedade da área, ainda gere "toda a infraestrutura do projeto, inclusive os novos investimentos públicos na área". O despacho diz que a "a execução da ordem de desocupação do terreno já estabelecidas nos despachos e nas decisões judiciais anteriores".

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