segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Veja quem são os políticos com maior controle dos votos em seus redutos

Os cerca de 33 mil eleitores de Brejo Santo, município do Cariri, tinham quase 600 opções de deputados estaduais para escolher no último dia 5 de outubro. Mesmo com tamanha diversidade, mais de 19,1 mil – três a cada quatro – resolveu renovar voto de confiança à tradicional família Landim para alçar o médico Guilherme Landim (PDT) à Assembleia.

Eleito com mais de 75% dos votos de Brejo Santo, Landim chegou quase à mesma proporção da vitória folgada de Camilo Santana (PT) no Estado, com 79,96%. Camilo, no entanto, disputava a preferência do eleitor com bloco de 24 partidos e contra outros quatro candidatos. Sozinho no município, Guilherme concorria com 596.

Mais do que a eleição do médico em si, a vitória esmagadora no município representa sucessão de dinastia aprofundada pelo pai de Guilherme, o ex-deputado Wellington Landim, em Brejo Santo. Falecido em 2015, Wellington venceu no município em 2014 com mais de 63% dos votos. Com a morte do deputado, o controle sobre os votos aumentou ainda mais.

Nem mesmo o candidato à Presidência apoiado por Landim, Ciro Gomes (PDT), conseguiu repetir o controle exercido pelo deputado: Rachando com a candidatura de Fernando Haddad (PT), Ciro acabou com 40,95% dos votos na região. Candidato a deputado federal apoiado por Guilherme e em disputa com 264, Antonio Balhmann (PDT) conseguiu 12,3 mil votos (51%).

A informação tem base em levantamento do O POVO Dados nos resultados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Além de Brejo Santo, Guilherme também conseguiu mais de 50% dos votos de outros dois municípios da região, Jati e Porteiras.

Câmara dos Deputados

Na disputa por vagas na Câmara dos Deputados, maior hegemonia foi a de Genecias Noronha (SD) em Parambu, onde o parlamentar mantém vitórias expressivas há vários anos. No município, o deputado esmagou os outros 264 oponentes com 68,50% dos votos válidos.

Controle de Genecias sobre o município se reflete também na disputa pela Assembleia, onde a sua esposa, Aderlânia Noronha (SD), foi reeleita para novo mandato com 62,53% dos votos válidos. A manutenção das dinastias não é, no entanto, regra absoluta no Ceará, com diversos líderes tradicionais tendo perdido espaço na disputa deste ano.

O POVO Online

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