quarta-feira, 14 de março de 2018

PT começa a programar campanha de Lula para eleição presidencial

O grupo de coordenação do programa eleitoral para a disputa da eleição presidencial pretende começar a formatar nesta semana o programa da campanha de Lula ao Palácio do Planalto, independentemente do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estar inelegível ou preso antes do dia 7 de outubro, quando acontece o primeiro turno do pleito. O partido disse que pretende finalizar o programa até meados de junho.

A equipe de coordenação de programa está terminando de juntar demandas surgidas de cada um dos 26 Estados e do Distrito Federal, a partir de seus diretórios, e de sugestões enviadas pela plataforma “Brasil Que o Povo Quer”, da Fundação Perseu Abramo, ligada ao PT. “A coordenação do programa de Governo está consolidando todos os insumos pré-existentes [dados enviados pelo diretório e a plataforma]. Nós vamos receber todo esse material até 15 de março”, disse o ex-deputado Renato Simões, coordenador-executivo da equipe.

Com uma tenda no Fórum Social Mundial, em Salvador, a partir dessa quarta-feira, 14, a coordenação da campanha pretende começar a desenvolver o documento. “Após a fase de escuta, começa a fase de resposta”, comenta Simões. Chefe da equipe, o ex-prefeito paulistano Fernando Haddad tem articulado para que se intensifique o trabalho de formatação por acreditar que o período de três meses é muito curto para se consolidar um programa.

Junto com o presidente da Fundação Perseu Abramo, Márcio Pochmann, Simões e Haddad formam o trio que conduzem a construção do programa. Pochmann ressalta que o programa quer focar nas peculiaridades apontadas por cada região do País, com a “produção de diagnósticos”. “A ideia é que a gente possa ter uma ideia melhor de como se encontram os Estados da Federação”.

Pochmann indica que, até o momento, as principais demandas relacionam-se com a questão trabalhista. Lula, inclusive, tem defendido um referendo revogatório sobre as mudanças feitas no governo do presidente Michel Temer. “Várias decisões do governo pós-Dilma [Rousseff] têm que ser repensadas porque tornam o País difícil de ser governado. Se é referendo, se é apresentação de um novo projeto… é questão de tática política”, diz Pochmann.

Até o momento, Simões adianta que um dos assuntos que estavam fugindo do foco do partido e que foi mencionado pela plataforma é recursos naturais. “Nós estamos suscitando um debate que o PT negligenciou por um certo período, com a saída da Marina Silva, do [Carlos] Minc, de muitos ambientalistas que forjaram o pensamento do PT. E você tem agora uma renovação de quadros e de busca de discursos”.

Ceará Agora

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