sexta-feira, 26 de maio de 2017

Chikungunya é perigosa no final da gestação e pode levar recém-nascido a óbito

Os efeitos da febre chikungunya preocupam mulheres grávidas. A doença é umas das principais atenções da bancária Erica Feitosa, que está com nove semanas de gestação. A recomendação é adotar medidas de proteção contra o mosquito Aedes aegypti, que também causa dengue e zika, ao longo de todo o período da gravidez.

“Eu sempre passo do pescoço para baixo uma loção anti-mosquito, no corpo todo. Utilizo sempre calça comprida, blusa de manga e passo um repelente em spray por cima da roupa. Tem que manter as janelas fechadas, principalmente antes de anoitecer e de manhã cedo, que é a hora em que o mosquito está mais ativo”, explica Érica em entrevista para a Tribuna BandNews FM.

Segundo o especialista em medicina reprodutiva, Daniel Diógenes, a infecção pela chikungunya em gestantes pode ocasionar o nascimento de bebês também com a infecção. O risco é maior se a doença surgir na reta final da gestação.

“O problema da chikungunya se restringe aos últimos momentos da gravidez. Porque no final da gestação, quando a paciente encontra com o vírus pode ter um bebê que manifeste a chikungunya. Pode existir uma forma de transmissão materna”. Ainda não existem evidências científicas que comprovem a associação entre o vírus chikungunya e a microcefalia.

O vírus não é transmitido pelo leite materno. O perigo é que os sintomas da doença são mais graves em bebês recém-nascidos. Eles podem ter hemorragias mais intensas, maiores alterações na pele, febres mais altas, convulsão e inflamação no cérebro, que pode levar ao coma e até à morte.

Tribuna do Ceará

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