sábado, 28 de novembro de 2015

Desastre em MG é mais uma herança maldita do PSDB, diz deputado

Ex-governadores de Minas Gerais, Aécio Neves e Anastasia
Quem afirma é o deputado Rogério Correia (PT-MG), relator da Comissão Extraordinária de Barragens da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (AL-MG), criada para apurar as responsabilidades pelo desastre ambiental de Mariana (MG). “É mais uma herança maldita que o PSDB nos deixou”, disse.

“A privatização da Vale deixou o país sem nenhuma estratégia nacional de exploração mineral”, avalia. Segundo ele, nas mãos da iniciativa privada, com o capital internacional operando a seu bel prazer, o setor não desenvolveu tecnologia própria e sequer importou. “A mineração brasileira é feita com base em tecnologia primária, da forma mais arcaica possível, como no século passado”, denuncia.

Conforme o deputado, enquanto quase todos os países do mundo desenvolvem tecnologias de mineração a seco ou com filtros – na qual a água utilizada é pouca e tratada de imediato –, no Brasil ainda impera a preferência pela utilização de barragens e minerodutos. A própria Samarco leva seu minério até o litoral por minerodutos movidos a água, pilhando também esse outro patrimônio dos brasileiros. “Isso não deveria sequer ser permitido”, reclama o deputado.

Correia atribui também a esta falta de planejamento estratégico o fato do país não ter alavancado a indústria nacional com o minério produzido no país. “As multinacionais vêm, retiram montanhas de minério e levam tudo embora”, afirma. Em 2014, o município de Mariana recebeu menos de 1% do lucro obtido pela Samarco (mais precisamente 0,72%), enquanto os acionistas lucraram 65%, conforme relatórios da própria empresa.

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