quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Temos que evitar remédios amargos, diz Temer após reunião com Dilma

Minutos antes de sair de seu gabinete para receber líderes do PMDB no Palácio do Jaburu, o vice-presidente Michel Temer foi surpreendido por um chamado de Dilma Rousseff, que pediu uma conversa rápida com o aliado. Os dois conversaram pessoalmente por vinte minutos e o vice defendeu o corte de despesas como principal solução para o deficit orçamentário do governo, mas não descartou o aumento de tributos.

"Aumento de tributo só em última hipótese, descartável desde já", disse Temer após o encontro com a presidente. "Não queremos isso [aumentar impostos]. Temos que evitar remédios amargos", completou o vice usando a mesma expressão da presidente em seu pronunciamento para celebrar o Sete de Setembro.

No entanto, em reunião nesta terça-feira (8) com os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), além de seis dos sete governadores do PMDB, Temer irá propor o aumento da Cide (tributado cobrado sobre a venda de combustíveis) sobre gasolina para gerar recursos para os cofres da União e dos Estados.

A proposta, feita a partir de sugestão do ex-ministro Delfim Netto, pode gerar uma receita adicional de R$ 14 bilhões, sendo R$ 11 bilhões para o governo federal e R$ 3 bilhões para Estados e municípios. A expectativa do vice é encontrar formas de eliminar o deficit primário de R$ 30,5 bilhões previsto no Orçamento de 2016 enviado pelo governo ao Congresso.

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