terça-feira, 8 de setembro de 2015

Corpo de menino achado há três dias em freezer segue no IML em São Paulo

O corpo do menino Ezra, encontrado em um freezer de sorvete em um apartamento no Centro de São Paulo, está há três dias no Instituto Médico Legal (IML) Oeste, à espera do reconhecimento, que precisa ser feito por algum familiar.

O IML informou que se em até 72 horas (3 dias) um corpo não for identificado, é enterrado pelo próprio instituto. Como a morte do menino é um caso de repercussão, um funcionário do IML informou que o instituto irá esperar mais tempo, mas não precisou quanto.

O menino foi encontrado morto na sexta-feira (4) no apartamento onde vivia com o o padrasto, a mãe e as irmãs na Rua Santo Amaro, na região central de São Paulo. Vizinhos ouvidos pelo G1 afirmam que a família saiu do prédio há quatro dias.

O Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) investiga o caso solicitou imagens do circuito interno do prédio onde a família morava. Segundo o boletim de ocorrência, o menino teria aparentemente cinco anos.

A família era dona de uma bomboniere no térreo do edifício e morava no primeiro andar. Por volta das 18h40 de sexta, vizinhos ligaram para a polícia para verificar se havia algo estranho no apartamento.
O primo do padrasto do menino contou à polícia ter estranhado o fato de o vendedor de 26 anos deixar de abrir a bomboniere. Ele foi até o apartamento e, na porta, sentiu um cheiro muito forte. O homem chamou o proprietário do imóvel e lá encontraram, no freezer, o corpo do menino enrolado em um lençol e em sacos plásticos, segundo o boletim de ocorrência. Segundo o primo, o menino era filho da companheira do vendedor. Agentes da Polícia Técnico-Científica foram acionados para fazer perícia.
Atendimento

O Conselho Tutelar informou, em nota neste domingo (6), que Ezra foi atendido em junho de 2014 após receber denúncia que a criança apresentava sinais de espancamento. A mãe declarou, segundo o conselho, que batia "no intuito de educar, e não machucar".

Os conselheiros informaram aos pais que o procedimento não é tolerado no Brasil - a família é da África do Sul. Com a confirmação dos maus-tratos, ele foi retirado do convívio familiar e levado para acolhimento. O Conselho Tutelar diz que encaminhou o caso para o Poder Judiciário e não recebeu mais informações da criança e novas denúncias.

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