segunda-feira, 27 de julho de 2015

Governador Camilo Santana recebe prefeitos para explicar crise

Diante da crise econômica vivida no País, o governador Camilo Santana está recebendo prefeitos para explicar as limitações financeiras dos cofres estaduais e discutir quais obras municipais financiadas com verbas estaduais terão prioridade nos próximos meses. Projetos de convivência com a seca têm recebido atenção especial.

Apesar das reuniões terem caráter administrativo, prefeitos também levam ao chefe do Poder Executivo estadual questões políticas locais. O Governo diz ter se reunido com mais de 100 prefeitos.

O presidente interino da Associação dos Prefeitos do Ceará (Aprece), Francisco Evanildo Simão, explica que o governador vem tentando sensibilizar gestores municipais sobre a escassez de recursos.

Segundo ele, que administra o município de Mauriti, a crise hídrica é abordada como prioridade. "A perspectiva é de um pacto entre Estado e governos locais para resolver os impasses, principalmente da situação hídrica. Demandas com muita celeridade são as de abastecimento de água, perfuração de poços, drenagem", enumera.

Em relação a demandas para Mauriti, Evanildo pediu a Camilo resolução para os distritos de Anauá e Nova Santa Cruz, sem abastecimento de água. A proposta, explica, é que esses locais recebam água das bacias do Rio São Francisco, no trecho da transposição que está próximo de ser finalizado. "Temos menos de 20% de reservatório com água, abaixo do nível crítico. A preocupação é generalizada".

O prefeito solicitou ao governador solução para abastecimento feito por carros-pipas, uma vez que o Exército só está responsável pelas áreas que ficam na zona rural. A área urbana, justifica Evanildo, fica na responsabilidade das prefeituras. "Carro-pipa custa em média 12 mil reais por mês", informa. Outra demanda da região, diz o prefeito, é a pavimentação dos distritos São Félix e Anauá, mas o governador sinalizou que as obras só serão iniciadas em 2016.

No próximo dia 31, os prefeitos vão fazer uma mobilização para cobrar ações ao Estado e à União.

"Estamos angustiados com o Congresso Nacional votando diversos projetos de lei que estrangulam os cofres das prefeituras", ressalta Evanildo Simão.

Diário do Nordeste

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