terça-feira, 31 de março de 2015

Governo quer adiar votação do indexador das dívidas de estados e municípios

Desgastado por uma série de denúncias de corrupção na Petrobras, pelas manifestações populares e sem controle sobre a própria base aliada, o governo quer aproveitar a curta semana que antecede o feriado para tentar evitar a votação de matérias no Congresso que comprometam o ajuste fiscal proposto pela equipe econômica. No Senado, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, se encontrou com o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o senador Romero Jucá (PMDB-RR). O emissário do Executivo tentava evitar a votação do novo indexador das dívidas de estados e municípios, prevista para hoje. A ideia do ministro é adiar para 2016 o impacto da medida.

O caminho para o governo evitar mais uma derrota no parlamento, segundo Jucá, passa por um acordo do Executivo federal com a prefeitura do Rio de Janeiro, que, na semana passada, ajuizou ação contra a União para poder aplicar as novas regras. “Sobre o indexador, está se construindo individualmente, entre governo e prefeitura do Rio, um acordo que levaria ao pagamento da parcela cheia (de acordo com as regras antigas) até dezembro. No fim do ano, o governo federal devolveria parte do valor”, detalhou Jucá.

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