quinta-feira, 26 de março de 2015

Em menos de 48h, Justiça solta cinco dos 17 presos por fraude milionária contra a Caixa

Porsche
Durou menos de 48h o período em que cinco dos 17 suspeitos presos na Operação Fidúcia, da Polícia Federal, permaneceram detidos, em Fortaleza. No fim da noite de ontem, uma estratégia da equipe de advogados conseguiu habeas corpus junto ao Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5). O grupo é suspeito de integrar quadrilha que desviou milhões através de empréstimos fraudulentos obtidos junto à Caixa Econômica Federal, em Fortaleza.

O superintendente Nacional da Caixa para o Nordeste, Odilon Pires Soares; o gerente geral da Caixa da agência Dom Luiz, Jaime Dias Frota Filho; os empresários Flávio Benevides Bomfim e Egberto Bossardi Frota Carneiro; e um dos supostos beneficiados com empréstimos, André Luís Bastos Praxedes, foram soltos por volta das 22h da última quarta-feira (25).

De acordo com o advogado Leandro Vasques, alguns deles seriam, na verdade, denunciantes. "Espero que, se houver desdobramentos da operação, e acredito que terá, deverá se chamar 'Operação joio e trigo', para separar as figuras. Pois nesse primeiro episódio da operação misturaram tudo. Misturaram denunciantes com denunciados", afirmou.

O advogado cita que argumentos foram utilizados para conquistar o benefício em favor dos clientes. "Ponderamos que os cinco pacientes já haviam prestado interrogatório e jamais se esquivaram de qualquer investigação, muito contrariamente, tiveram conduta colaborativa. Inclusive, desses cinco, três haviam denunciado desmandos havidos na Caixa, em conluio com empresários. Além do quê, argumentamos que a prisão é medida de exagero, pois se trata de investigados primários, que ostentam modelares antecedentes e, muito principalmente, os crimes, em tese praticados, não são etiquetados como hediondos nem muito menos praticados com violência. Muito embora todos os pacientes neguem qualquer vinculação ou responsabilidade no tocante aos prejuízos sofridos pela Caixa", enfatizou.

Os cinco haviam sido presos no começo da manhã de terça-feira (24) sob força de mandados de prisão temporária, expedidos pela 32ª Vara da Justiça Federal. Outras sete pessoas, entre funcionários da Caixa e empresários, permanecem detidos. Outros cinco estão presos preventivamente.

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