quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Juiz federal Sérgio Moro mantém prisão preventiva de empresários

sergiomoroAlegando tentativa de interferência nas investigações da Operação Lava a Jato, o juiz federal Sérgio Moro renovou as prisões dos empreiteiros Ricardo Ribeiro Pessoa, da UTC, Eduardo Herminio Leite, Dalton dos Santos Avancini e José Ricardo Auler, da Camargo Corrêa. Segundo Moro, a eventual soltura dos empresários “colocaria em risco à ordem pública, risco à instrução, à aplicação da lei penal e à integridade da Justiça”.

No seu despacho, Moro afirma que o pagamento de propina pelas empreiteiras investigadas pela Polícia Federal e o Ministério Público, foi mantido após o início da operação.

“[É] necessário, infelizmente, advertir com o remédio amargo as empreiteiras de que essa forma de fazer negócios com a administração pública não é mais aceitável – nunca foi, na expectativa de que abandonem tais práticas criminosas. Então a prisão preventiva é necessária para preservar a ordem pública, prevenindo a reiteração e continuidade dos crimes, diante da constatação de sua duração por anos, a sua atualidade e a habitualidade criminosa”, sustentou Moro no despacho.

O juiz afirmou ser reprovável, a tentativa de angariar apoio político para com isso se beneficiarem no processo judicial. Criticou “as aludidas tentativas de cooptação de testemunhas”, e frisou que essas indicações indicam a necessidade de se manter a prisão preventiva dos empresários para garantir a instrução e a aplicação da lei e preservar a integridade da Justiça contra a interferência do poder econômico.

Cardozo, no entanto, informou, por meio de nota, que teve reunião apenas com representantes da empresa Odebrecht, no dia 5 de fevereiro, às 15h30. O ministro acrescentou que é “dever do ministro da Justiça e de quaisquer servidores públicos receber advogados no regular exercício da profissão conforme determina o Estatuto da Advocacia”.

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