Após percorrer 12 cidades no País, o Diálogo Municipalista continua na capital cearense. O evento acontece ao longo desta segunda-feira, 24 de novembro, e reúne dezenas de gestores. Na abertura, o presidente da Associação dos Municípios do Estado do Ceará (Aprece), e também prefeito de Piquet Carneiro (CE), Expedito Nascimento, explicou a difícil realidade vivenciada pelos gestores cearenses.
Segundo ele, a crise se manifesta desde 2009, porém está se tornando impraticável gerenciar os Municípios no contexto atual. “Ela [a crise] tem criado um espetáculo constrangedor onde os Municípios, os gestores estão desesperados”.
O prefeito destacou que vários entes municipais já desenvolvem medidas emergenciais na tentativa de contornar o momento financeiro. A redução na folha de pagamento tem sido uma realidade no Estado do Ceará, segundo ele. “O prefeito que era pagador, que tinha seus compromissos, está recebendo ligações de pequenos comerciantes”, desabafou.
O gestor explicou que as duas áreas mais atingidas pela crise são a Educação e Saúde. Uma das principais dificuldades apontadas foi a questão dos subfinanciamento dos programas federais. Para poder executar as iniciativas, o prefeito precisa complementar o valor recebido do repasse, que na maior parte dos casos não está disponível nos cofres municipais. “O prefeito para fechar um compromisso da Saúde, por exemplo, tem que arcar com quase o dobro dos custos. Estamos trabalhando apertadíssimos e tem dificuldade muito essa questão”.
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