De acordo com a agência, o uso fora das indicações médicas pode causar efeitos graves, incluindo infarto, acidente vascular cerebral (AVC), queda brusca da pressão arterial, perda de visão ou audição e até dependência psicológica.
SEM AUTORIZAÇÃO
A Anvisa reforça que nenhum desses medicamentos está autorizado para finalidades estéticas, aumento de massa muscular, desempenho sexual em contextos recreativos ou para uso em atividades físicas. Eles só podem ser vendidos como remédios sob prescrição médica.
Casos de reações adversas devem ser notificados no sistema VigiMed, e denúncias de produtos irregulares podem ser registradas no Notivisa.
Um exemplo da popularidade desses medicamentos é a tadalafila, que em 2024 foi o terceiro mais vendido no Brasil, segundo dados da Close-Up International e da PróGenéricos.
Do ponto de vista científico, a tadalafila atua como inibidor da fosfodiesterase tipo 5 (PDE5), uma enzima que decompõe o GMPc, molécula essencial para a vasodilatação e, consequentemente, para o processo de ereção.
Em condições normais, a liberação de óxido nítrico (NO) durante a estimulação sexual aumenta os níveis de GMPc, promovendo o relaxamento dos vasos sanguíneos no pênis e permitindo a ereção. A tadalafila impede a degradação dessa molécula, prolongando seus efeitos.
Por isso, é indicada apenas em casos de disfunção erétil, quando o organismo não consegue manter uma ereção suficiente para a relação sexual. Fora desse contexto médico, o consumo representa risco real à saúde pública.
A Anvisa conclui que o uso sem acompanhamento profissional pode transformar o que parece ser uma solução em um grave problema de saúde.
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