O tom dos discursos deixou claro que a pauta se consolidou como prioridade da oposição no Congresso Nacional. O líder desse movimento é o governador de São Paulo e pré-candidato à Presidência da República, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Entre os beneficiados pela medida está o próprio Bolsonaro, que enfrenta processos judiciais e vê na anistia uma saída para manter sua influência política sobre a base conservadora.
VOTOS PARA APROVAÇÃO
Na Avenida Paulista, palco central do ato em São Paulo, o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, foi categórico ao afirmar que a anistia já conta com os votos necessários para ser aprovada na Câmara dos Deputados.
Segundo ele, a soma dos votos de partidos como PL, Republicanos, União Brasil, PP e PSD garante a maioria qualificada exigida para aprovar a proposta. As quatro siglas somam 287 votos – número suficiente para apeovacao do projeto de lei na Câmara Federal.
“Temos apoio de partidos grandes e já alcançamos o número mínimo de votos para dar essa vitória ao povo brasileiro”, declarou Valdemar diante da multidão.
MATEMÁTICA
O cálculo político apresentado pelo líder do PL fortaleceu o clima de confiança entre os manifestantes, que carregavam faixas e entoavam palavras de ordem pela liberdade dos presos e investigados dos atos golpistas.
O evento reuniu milhares de apoiadores que, além da pauta da anistia, voltaram a se manifestar contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e em defesa de Bolsonaro como liderança central da direita.
O tema da anistia agora retorna ao Congresso, onde a pressão das ruas será usada como argumento para acelerar a votação. Os aliados do presidente Lula consideram a anistia uma afronta ao STF que, nesta semana, deve condenar o ex-presidente Bolsonaro por tentativa de golpe de estado em 2023.
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