sexta-feira, 12 de setembro de 2025

Endocrinologista: obesidade provoca mais de 200 complicações e exige prevenção urgente

A obesidade avança em ritmo preocupante e já se consolida como um dos maiores problemas de saúde pública no Brasil. O aumento do consumo de ultraprocessados, a redução da prática de atividades físicas e a ausência de campanhas consistentes de conscientização estão entre os fatores que mais contribuem para esse cenário.

A médica endocrinologista Ana Flávia Torquato, do Hospital Universitário Walter Cantídio (UFC), afirma que a obesidade é um problema multifatorial e gera mais de 200 complicações de saúde. Entre elas, estão diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares e problemas renais.

Segundo a especialista, há uma falha grave do poder público em investir em campanhas educativas sobre alimentação de qualidade e riscos do sobrepeso. “Não basta falar sobre os riscos, é preciso que os alimentos saudáveis estejam disponíveis e acessíveis à população”, observa.

DADO PREOCUPANTE

A Endocrinologista disse que a preocupação com a obesidade deve ser levada a sério, já que atualmente, pessoas sobrepeso estão mais presentes na sociedade do que as pessoas com peso normal.

“Hoje em dia, é mais raro, é mais difícil você encontrar uma pessoa com peso normal do que uma pessoa passada de gordura”, disse Ana Flávia

POPULAÇÃO ADULTA

No Ceará, o quadro é ainda mais preocupante: quase 60% dos adultos estão acima do peso, o que aumenta os custos com tratamentos e sobrecarrega o sistema de saúde. Para Ana Flávia, a prevenção precisa ser prioridade.

“Se não atuarmos agora com políticas públicas integradas, envolvendo escolas, comunidades e profissionais de saúde, o futuro será de uma geração adoecida precocemente”, alertou a endocrinologista.

A especialista reforça que a obesidade não deve ser vista apenas como uma questão estética, mas como um problema coletivo de saúde pública, que exige resposta urgente.

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