O escândalo de retenção de dinheiro de entidades filantrópicas abriu caminhos para deputados estaduais e órgãos de fiscalização questionarem quanto a Enel deixou de repassar, ao longo de quase 30 anos, de recursos doados pelos consumidores e que deveriam ser destinados a ações sociais e de saúde para pessoas pobres.
A Enel recebeu uma multa de R$ 16,7 milhões pela falta de transparência e por deixar de comunicar aos clientes sobre a apropriação de parte do dinheiro doado pelos consumidores para entidades filantrópicas do Ceará. Segundo o Ministério Público Estadual, em quatro anos, a Enel reteve R$ 8,7 milhões e não repassou o dinheiro para as entidades.
INVESTIGAÇÃO E IMAGEM NEGATIVA
Os números revelados pelo Decon sobre o dinheiro retido pela Enel definem como grave a nova denúncia que impõe constrangimento à Enel.
DESCONTOS INDEVIDOS
A falta de transparência para informar aos consumidores que estava fazendo cobrança de taxa extra ou que estava deixando de repassar integralmente as doações para entidades que cuidam de crianças e idosos cria uma situação de constrangimento ainda maior para a concessionária de energia elétrica do Ceará.
Com a retenção de dinheiro, o deputado estadual Cláudio Pinho (PDT) defende uma nova CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Assembleia Legislativa para apurar o escândalo que envolve a Enel.
Cláudio tem sido voz isolada nessa proposta, mas vai apresentar requerimentos com pedidos de informações à concessionária de energia elétrica sobre o volume de recursos descontados sobre as doações feitas pelos consumidores ao longo de quase três década – período de atuação da empresa no Ceará. O Ministério Público Estadual e o Ministério Público Federal também devem entrar nessa investigação.
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