A oposição, que ganhou a briga da comunicação contra o Governo Federal na narrativa sobre o maior escândalo da história da previdência social brasileira, deu mais um nó no Palácio do Planalto ao protocolar, nesta segunda-feira (12), o requerimento para instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar o roubo de dinheiro de aposentados e pensionistas.
O requerimento foi protocolado pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF) e pela deputada Coronel Fernanda (PL-MT). Caberá ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre, a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito.
A oposição quer saber porque o Governo Federal foi omisso na adoção de medidas para barrar os descontos indevidos nos benefícios previdenciários.
Ao longo de quatro anos (2019-2024) foram desviados, pelo menos, R$ 6,3 bilhões de aposentados e pensionistas.
O presidente Lula atribui à origem do escândalo ao Governo Bolsonaro, mas oposicionistas apontam a omissão da atual gestão que ignorou denúncias e alertas sobre as fraudes nos benefícios previdenciários. O INSS liberou o desconto para entidades sindicais e associativas sem autorização dos aposentados e pensionistas.
O pedido de CPI Mista recebeu, pelo menos, 182 assinaturas, de acordo com a deputada federal Coronel Fernanda (PL-MT). No Senado, a senadora Damares Alves anunciou ter conseguido 29 assinaturas, número suficiente para criação da Comissão Parlamentar de Inquérito.
Os articuladores políticos do Governo Federal tentam derrubar assinaturas para inviabilizar o avanço dos pedidos de CPI, argumentam que esse tipo de investigação servirá apenas para palanque eleitoral e defendem que as investigações devem ser feitas pela Polícia Federal e pela Controladoria Geral da União (CGU).
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