terça-feira, 10 de dezembro de 2024

Endividamento, crise na saúde e perda de aliados marcam o fim da gestão Sarto em Fortaleza

Eleito em 2020 com apoio de uma frente ampla de partidos e 51,69% do eleitorado da Capital, o prefeito José Sarto (PDT) acumulou uma série de obstáculos nos quatros anos de gestão. Os percalços — sejam os que surgiram, sejam os que ele próprio criou — lhe renderam uma marca negativa inédita, tornando-se o primeiro prefeito de Fortaleza que disputou e não foi reeleito. A mancha é ainda mais negativa, já que Sarto amargou apenas o terceiro lugar na disputa para se manter no Executivo municipal.

De cara, após tomar posse, em janeiro de 2021, o pedetista precisou lidar com a pandemia da Covid-19. O prefeito também se deparou com um dos momentos de maior desgaste com a população ao implementar a Taxa do Lixo. Ele ainda viu seu próprio partido rachar, virando alvo de correligionários e perdendo siglas da base aliada. 

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Por conta de disputas políticas, o mandatário saiu dos quadros de aliados do grupo governista estadual e passou para a lista de adversários, com direito a troca de acusações contra o governador Elmano de Freitas (PT) e apenas um único encontro oficial entre os dois desde janeiro de 2023 — quando o petista assumiu o Palácio da Abolição.

Já no fim do seu mandato, a gestão Sarto acumula suspeitas de má administração financeira, crise na saúde, recuos de medidas tomadas pelo Município e acusações de ocultação de informações para o grupo de transição da gestão Evandro Leitão (PT).

Diário do Nordeste

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