A coligação “Iguatu Merece Mais” (União Brasil e Federação PSDB-Cidadania), representada por Anderson Teixeira, apresentou uma denúncia contra o candidato não eleito José Ilo Alves Dantas Neto, acusando-o de envolvimento em um esquema de compra de votos nas eleições municipais de 2024.
O processo, que se baseia no artigo 41-A da Lei nº 9.504/97, visa responsabilizar Ilo Neto pelos atos de sua coordenadora de campanha, Edileuza Rosa da Silva, e do motorista Luiz Alves de Souza, detidos em flagrante e liberados depois do depoimento no dia 1º de outubro de 2024, poucos dias antes do pleito.
O Caso
Durante a prisão em flagrante, a polícia encontrou em um veículo materiais de campanha (santinhos, adesivos e bandeiras), documentos de eleitores (títulos de eleitor, contas de água e energia quitadas e listas de nomes e seções), além de um caderno que registrava valores em dinheiro, controle de votos e dados pessoais. Também foram apreendidos celulares e um pendrive, que, após solicitação do Ministério Público, tiveram o sigilo quebrado e estão sendo analisados.
A Denúncia
A Lei nº 9.504/97 considera a compra de votos uma infração grave, punível mesmo sem um pedido explícito de voto, desde que haja evidências claras de que a intenção era influenciar o eleitor. A denúncia foi feita dentro do prazo legal, antes da diplomação, e aponta a responsabilidade direta de Ilo Neto pelos atos de sua coordenadora de campanha.
A coligação “Iguatu Merece Mais” solicita que a Justiça Eleitoral reconheça a compra de votos e aplique as penalidades.
Andamento do Caso
O processo criminal relacionado à detenção em flagrante de Edileuza e Luiz Alves está em andamento (processo nº 0600893-86.2024.6.06.0013). A representação apresentada trata das consequências eleitorais dos atos ilícitos, com foco na compra de votos e na responsabilidade de Ilo Neto, candidato envolvido diretamente na coordenação das ações.
Acusação
As provas coletadas, como documentos de eleitores, valores em dinheiro e contas pagas, supostamente associam diretamente os atos ilegais à campanha de Ilo Neto. Casos semelhantes analisados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) demonstram que o candidato é responsabilizado pelas ações de sua equipe. Diante da seriedade das acusações, que supostamente comprometeriam a transparência e a legitimidade das eleições, a coligação pede:
A cassação do registro ou diploma de Ilo Neto.
A aplicação de multa.
A inelegibilidade de Ilo Neto.
O prosseguimento da investigação, com depoimentos e outras provas, para garantir a instrução completa do processo.
Até o momento a coligação ” Pra Mudar Iguatu” de Ilo Neto não se pronunciou.
Mais FM
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