A proposta inclui a expansão dos próximos lotes, 7 e 8, que passarão por Quixadá, Itapiúna e Baturité. Segundo Alex Augusto Sanches Trevizan, diretor Comercial e Terminais na Transnordestina Logística (TLSA) e diretor na Nordeste Logística (Nelog), as negociações com o BNDES e o BNB estão em andamento para garantir o financiamento necessário. A previsão é que o contrato para o lote que chegará ao Porto do Pecém seja finalizado até dezembro.
Além de melhorar a infraestrutura ferroviária, a antecipação da obra visa atrair novos investidores para a região, proporcionando maior confiança ao mercado ao saber que a ferrovia estará disponível. A ideia é também planejar a extensão do ramal ferroviário até a BR-222 e áreas próximas.
Os próximos lotes a serem abordados serão os 9 e 10, que abrangem Baturité, Aracoiaba e Caucaia, e devem começar no início do ano que vem. A ordem de serviço para o lote 6, que cobre o trecho entre Quixeramobim e Quixadá com 51 km, foi assinada em 2 de agosto de 2024. Este avanço se junta ao progresso dos lotes 4 e 5, que somam 102 km entre Acopiara e Quixeramobim.
Com 673 km já concluídos dos 1.206 km totais da ferrovia, restam 230 km para finalizar a conexão até o Porto do Pecém. A Transnordestina Logística S.A. prevê a criação de mais mil empregos diretos com o avanço das obras, totalizando 3,5 mil oportunidades quando somadas às 2,5 mil já geradas.
Para 2024, a expectativa é contratar mais três lotes e iniciar a fase de comissionamento da ferrovia em 2025, com os primeiros transportes de cargas. Essa etapa inicial irá incluir soja, milho e calcário, conectando o Terminal Intermodal de Cargas do Piauí à região Centro-Sul do Ceará e algumas áreas de Pernambuco.
A fase I do projeto, que vai de Paes Landim (Piauí) até Acopiara (Ceará), está cerca de 70% concluída. A conclusão total dessa fase está prevista para 2027, com a ferrovia entrando em operação. A fase II, que conecta Eliseu Martins a Paes Landim, está programada para ser finalizada até 2029.
A Transnordestina Logística planeja operar três terminais de carga no Ceará, atendendo grandes produtores de grãos, a bacia leiteira e pequenos agricultores. A localização dos terminais de combustíveis e fertilizantes ainda será definida.
A empresa acredita que a ferrovia impulsionará o desenvolvimento regional e reduzirá o custo logístico, tornando os produtos brasileiros mais competitivos globalmente. Além disso, o projeto está alinhado com a agenda de ESG do Grupo CSN, focando no desenvolvimento socioambiental da região.
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