Mais 23 municípios cearenses, dentre eles, Iguatu e Acopiara, recebem vacinas contra a dengue do Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde anunciou, na quarta-feira (29), a distribuição de quase 1 milhão de doses da quinta remessa de vacinas da dengue para todo o Brasil, sendo 656.172 doses de reforço e 335.200 doses de ampliação. Com a nova entrega, mais 405 municípios foram contemplados, totalizando 1.735 que estarão vacinando adolescentes de 10 a 14 anos de idade. O Ceará recebe mais de 9,6 mil doses nesta rodada de distribuição, destinadas a 23 municípios.

Os maiores montantes foram distribuídos às cidades de Crato (2.384), Iguatu (1.682) e Acopiara (829). Na remessa anterior, os municípios cearenses contemplados foram Fortaleza (38.594 doses), Aquiraz (1.357), Eusébio (1.410) e Itaitinga (1.017).

Iguatu: 1.682

Cariús: 281

Piquet Carneiro: 272

Mombaça: 678

Catarina: 193

Acopiara: 829

Jucás: 465

Quixelô: 276

Saboeiro: 268

Deputado Irapuan Pinheiro: 161

Crato: 2.384

Farias Brito: 341

Nova Olinda: 316

Assaré: 369

Potengi: 185

Altaneira: 120

Campos Sales: 466

Tarrafas: 143

Várzea Alegre: 658

Santana do Cariri: 347

Araripe: 412

Salitre: 358

Antonina do Norte: 145

Fortaleza, Aquiraz, Eusébio e Itaitinga começaram a vacinar contra a dengue no último dia 13 de maio. O público-alvo, definido pela pasta federal, abrange crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos. As quantidades distribuídas variam de acordo com a população de cada município.

O Ceará tem 5.833 casos confirmados de dengue, conforme a plataforma IntegraSUS, da Secretaria da Saúde, consultada pelo OPINIÃO CE nesta quinta-feira (30). Há 1 óbito confirmado, 4 em investigação, além de 9 casos graves. Os municípios com maiores números de casos são Brejo Santo (1.822), Fortaleza (1.136), Porteiras (366), Juazeiro do Norte (204), Caucaia (168), Tianguá (162) e Crato (151). O imunizante tem proteção de 80%, após o esquema vacinal completo. Em relação às hospitalizações por dengue, a vacina tem eficácia de 90,4% após a segunda dose.

BRASIL

Segundo o Ministério da Saúde, para ter proteção completa contra casos graves e hospitalizações por dengue, são necessárias duas doses do imunizante incorporado no SUS. A pasta garante a entrega das duas doses para todos os municípios contemplados na estratégia de vacinação. Recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil comprou todo o estoque disponível de vacina de dengue disponível no mercado internacional. Considerando a aquisição e mais um quantitativo doado pelo laboratório produtor, o total de doses chega a 6,5 milhões para 2024 e 9 milhões para 2025.

Devido à capacidade de produção do laboratório, as doses estão sendo entregues em parcelas. Com a quinta remessa, serão 3.659.851 doses distribuídas aos estados e municípios. Até 28 de maio, 1.122.339 doses já foram aplicadas.

“Dentro da faixa etária indicada pelo laboratório para receber a vacina -de 5 a 60 anos-, selecionamos o intervalo com maior número de hospitalizações por dengue no Brasil. Contudo, esse público tem uma adesão menor, justamente por não ser uma idade que frequenta os serviços de saúde rotineiramente, por isso, os pais e responsáveis precisam levar as crianças e adolescentes para se vacinar. É um ato de amor e de responsabilidade”, destaca a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.

A vacinação é uma das inovações para enfrentar a dengue, que em 2024 aumentou em todo mundo, sobretudo devido às mudanças climáticas, que aceleraram a reprodução dos mosquitos transmissores da doença. Contudo, a capacidade de produção do único laboratório fornecedor não é suficiente para atender à demanda do Brasil. Diante do cenário, o Ministério da Saúde tem investindo também na produção de uma vacina brasileira, já em fase final, pelo Butantan.